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3 razões para a maior alta semanal do Ibovespa em 10 meses

Depois de meses de perdas e notícias negativas, o Ibovespa encerrou a semana com valorização de 4,1%, o seu melhor desempenho em dez meses.

Foi mais uma vez um movimento descolado de Wall Street, mas desta vez para melhor, pois os índices em Nova York registraram queda no período em meio a indicadores aquém do esperado na economia e nos bancos.

Na sexta-feira, dia 14, as ações do setor bancário e os papéis da Petrobras foram os principais suportes para o Ibovespa, que subiu 1,33%, para 106.927,79 pontos. Trata-se do maior patamar em quase um mês, desde 17 de dezembro.

Na semana, o índice acumulou ganho de 4,1%, melhor desempenho desde o período encerrado em 5 de março do ano passado. Das 93 ações ou units que compõem o Ibovespa, 75 tiveram alta na semana.

Veja abaixo 3 razões para a maior alta semanal do Ibovespa em dez meses:

1. Rotação de ações

O desempenho do Ibovespa nos últimos pregões frente às bolsas americanas pode ser explicado por um movimento de rotação de ações: investidores reduziram posições em empresas de crescimento, como as de tecnologia, para alocar em empresas de valor, como bancos e exportadoras, disse Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, à Reuters.

O movimento ocorre diante da expectativa cada vez maior pela alta de juros nos Estados Unidos, o que afeta mais as empresas que dependem mais de capital para crescer. Como o Ibovespa tem relevante participação de bancos e empresas relacionadas às commodities, o índice local acaba sendo mais beneficiado, explicou.

No setor financeiros, os destaques da semana foram:

2. Shoppings: notícias positivas

A recuperação do Ibovespa teve como um dos destaques a alta de ações de incorporadoras e shoppings, em meio a notícias positivas como as vendas aquecidas e acima das expectativas da Multiplan no quarto trimestre. Incorporadoras também começaram a divulgar as suas prévias operacionais relativas aos últimos três meses do ano.

As ações da brMalls avançaram na sexta com a notícia da recusa da oferta de fusão apresentada pela Aliansce Sonae (ALSO3), diante de um entendimento de que a concorrente pode melhorar a proposta aos acionistas.

As altas na semana ficaram acima de 10% para três empresas de shoppings:

  • Iguatemi (IGTI11): +18,25%
  • brMalls (BRML3): +15,38%
  • Multiplan (MULT3): +10,98%

Na outra ponta, a rara ausência de notícias políticas negativas, como líderes do governo atacando o controle de gastos públicos, também ajudaram no desempenho positivo entre investidores, segundo o analista da Genial.

As vendas no varejo no Brasil subiram 0,6% em novembro na comparação com o mês anterior, informou o IBGE na sexta. A expectativa de analistas apontava recuo de 0,2%. O setor de serviços também foi melhor que o esperado.

Ainda assim, cabe um alerta, segundo Villegas: ele apontou que esses “dados parecem ser atrasados”, dado que, desde novembro, a taxa Selic voltou a subir mais uma vez (de 7,75% para 9,25% ao ano), o que deve afetar os dois setores, e houve a propagação da variante Ômicron, também com potencial impacto na atividade econômica.

3. Tensões Rússia vs. Ocidente e alta do petróleo

Os contratos futuros do petróleo atingiram o maior valor em dois meses e meio no encerramento da semana, na casa de 85 dólares o barril tanto do Brent como do WTI, em meio à escalada das tensões entre a Rússia e as maiores potências do Ocidente.

A ameaça de invasão da Ucrânia pelo governo de Vladimir Putin levou investidores a se preocupar e a montar posições quanto a possíveis disrupções na oferta global da commodity e de gás natural.

No Brasil, as empresas do setor estiveram entre as maiores altas da semana:

  • PetroRio (PRIO3): +15,54%
  • Petrobras (PETR3): +12,10%
  • Petrobras (PETR4): +11,60%

(Com a Reuters)

Fonte: Exame

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