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A estratégia do Itaú Unibanco para criar o “Google dos investimentos”

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgou, no dia 23 de setembro, seu tradicional relatório sobre os fundos de investimentos existentes no País. De acordo com o levantamento, há no mercado 21.520 fundos multimercados, de renda fixa, de ações, cambiais e de previdência.

O número expressivo revela a diversidade da indústria brasileira de investimentos, mas traz também outro desafio: como escolher um produto, ou ao menos encontrar aquele que se enquadra melhor em um determinado perfil, diante de um emaranhado tão complexo de informações?

Para auxiliar na resposta, o Itaú Unibanco lançou há exatamente um ano a plataforma “Investir em Quê”, acessada por meio do endereço www.investiremque.com.br. Trata-se do primeiro banco a oferecer dados completos dos mais de 21.000 fundos disponíveis no Brasil. Desses, 2.620 estão sob gestão da Itaú Asset Management, do Itaú Unibanco e do Itaú DTVM.

Além disso, a inciativa traz uma sacada, que consiste justamente em um de seus grandes diferenciais: a possibilidade de comparar os diversos tipos de produtos, inclusive aqueles oferecidos por concorrentes do Itaú.

“Nós sabemos que há uma dor muito grande do cliente na hora de escolher um produto financeiro”, diz Bruno Bergamin, superintendente de Produtos de Investimento do Itaú. “A ferramenta dá autonomia para a pessoa descobrir o que é melhor para ela.”

Basta navegar pela plataforma para comprovar que ela é, de fato, isenta. O investidor que colocar no sistema a intenção de investir R$ 100 mil em renda fixa receberá informações a respeito do Itaú Medium Term Capit Fix Fic, mas também visualizará dados de outras instituições financeiras, como o Santander Flexível Master Longo Fic ou o BB Vip Fic.

O objetivo é aplicar R$ 5 mil em um fundo multimercado? A plataforma traz informações do Itaú Multimanager Fic, do BTG Pactual Discovery Fi e do Verde PVT Fic, para citar apenas alguns exemplos.

Entre os indicadores trazidos pela ferramenta estão a rentabilidade no mês vigente e nos últimos 12, 24 e 36 meses, as taxas de administração, os prazos para resgate e o nível de risco (muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto). Além disso, há a possibilidade de selecionar um período personalizado.

“Nós sabemos que há uma dor muito grande do cliente na hora de escolher um produto financeiro”, diz Bruno Bergamin, superintendente de Produtos de Investimento do Itaú

O usuário também encontra um comparativo de projeção de seu investimento. Se ele escolher quatro produtos para colocar lado a lado, um gráfico apontará quanto cada um deles deverá render nos próximos doze meses – apenas a plataforma IEQ oferece essa possibilidade no mercado.

Por que o Itaú resolveu inserir na ferramenta todos os fundos disponíveis no mercado e não apenas os seus? “Nós desejamos, acima de tudo, facilitar a vida dos clientes”, diz Bergamin. “Por isso, não faria sentido limitar o número de produtos. Queremos dar uma ferramenta isenta para o cliente.”

Bergamin ressalta que a estratégia não cria um conflito de interesses com o banco. “Oferecemos no Itaú uma ampla gama de produtos de terceiros, não apenas produtos da casa”, diz. “O IEQ serve também como uma forma de evoluirmos a nossa prateleira.”

Ele detalha seu ponto de vista. “Caso haja algum produto no mercado que os clientes estejam buscando e não faça parte da nossa prateleira, vamos aprender com isso e provavelmente trazer o produto para complementar a nossa oferta.”

Acessada por desktop, mobile ou tablet, a ferramenta é mesmo uma mão na roda para o investidor. A busca pode ser feita pelo valor de aplicação ou pelo nome do fundo.

Enquanto navega, o usuário encurta caminhos, informa-se sobre todos os detalhes do produto e o equipara com investimentos similares no mercado.

“A nossa ideia é ser o Google dos investimentos”, diz Leandro Chacon, Product Manager do IEQ. “Pretendemos ser a principal referência do mercado quando se pensa em buscar produtos financeiros.”

O Itaú pretende ampliar nos próximos meses as funcionalidades oferecidas pelo site

Para isso, o Itaú pretende ampliar nos próximos meses as funcionalidades oferecidas pelo site. A primeira delas será a possibilidade de montar uma carteira de investimentos com vários produtos, sejam eles do Itaú ou não – a ideia é sempre manter a proposta da isenção.

O segundo projeto em andamento é a inclusão de outros produtos financeiros, como ações, FIIs e os diversos ativos de renda fixa – o que será, convenhamos, um imenso passo para que a ferramenta se torne o “Google dos investimentos.”

Também está no horizonte do Itaú a oferta de conteúdos dentro da plataforma, principalmente focados em educação financeira. Podem ser podcasts, relatórios, entrevistas com especialistas, entre outros.

“Vamos adicionando funcionalidades de acordo com os feedbacks que recebemos”, diz Leandro Chacon. Ele lembra que o site tem uma aba que permite aos usuários enviar sugestões, elogios ou fazer críticas.

Desde o seu lançamento, em setembro de 2020, o IEQ recebeu 1,8 milhão de acessos e 1.600 feedbacks de usuários. Alguns deles trouxeram boas ideias que acabaram incorporadas à plataforma.

Desde o seu lançamento, em setembro de 2020, o IEQ recebeu 1,8 milhão de acessos e 1.600 feedbacks de usuários

Entre elas, a inclusão de mais fundos de previdência e os regimes tributários aplicados a eles, a possibilidade de compartilhar os produtos comparados e um filtro para ordenar os ativos por projeção de retorno.

É interessante notar como o momento do mercado influencia os produtos mais procurados. Em um cenário de ciclo de alta de juros, os fundos de renda fixa lideram o ranking de buscas, à frente de multimercados, fundos de ações, previdência e cambial.

Os jovens entre 25 e 34 anos são maioria na plataforma e a divisão por gênero está praticamente empatada, o que ressalta a inclusão feminina no mundo dos investimentos – 50,6% dos usuários da plataforma são homens e 49,4%, mulheres.

O levantamento também identificou os cinco gestores mais buscados no site. Na ordem, foram Itaú Unibanco, Itaú DTVM, XP Asset Management, Kinea Investimentos e Bradesco Asset Management.

“O nosso projeto é ambicioso”, diz Bruno Bergamin. “Ele avançou muito desde o lançamento, mas muito mais vem por aí”.

Fonte: Neofeed

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