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Advogados de pijama e o escritório hotel

“O que queríamos era projetar um espaço que fizesse as pessoas quererem voltar e ficarem animadas por estar de volta pessoalmente”, Caitlin McHugh do Lewis Roca.

Lewis Roca está na posição 170 entre os 200 maiores escritórios americanos. Possui 214 advogados, tem uma receita estimada em 155 milhões de dólares e por 36 anos manteve o mesmo endereço da sua unidade de Denver, Colorado.

Porém a pandemia estimulou Caitlin McHugh, sócia-gerente do escritório, a mudar de endereço e de concepção arquitetônica do escritório, oferecendo para os espaços comuns as melhores vistas dos 10° e 11° andar do novíssimo edifício McGregor Square voltado para a pradaria e as montanhas de Denver.

Quem projetou o novo espaço foi Gillian Johnson, da Anderson Mason Dale Architects, segundo ela “orientar e ver uns aos outros se tornou muito importante”. É o que passou a ser chamado de conexão visual humana, “reforçar a interação humana e a transparência visual, para que você possa ver quem está no escritório”, afirmou Johnson.

O Lewis Roca adotou o modelo parcial de “hotelaria”, onde advogados que planejam trabalhar remotamente mais de três dias por semana reservam e compartilham espaços. A sociedade de advogados estima que cerca de um quarto de seus 60 advogados nessa unidade vão ao escritório quase todos os dias, e cerca de metade de seus 46 espaços são usados ??para hotelaria. Advogados que vêm em menos de três dias por semana reservam as posições de trabalho quando chegam, em vez de ter um espaço definido. Isso também visa tornar o escritório mais convidativo.

“O que queríamos era criar um ambiente comunitário vibrante, e se você tem um monte de posições vazias, não se sente assim”, disse McHugh. “Nós realmente queríamos criar um senso de lugar, para que, se o advogado optar por deixar sua casa e a calça do pijama, tenha um lugar para onde ir”.

Quando Tammy Baldwin, chefe de operações comerciais da Perkins Coie, escritório listado na posição 51 entre os maiores do mundo, com receita na ordem de 1 bilhão de dólares e, aproximadamente 1.100 advogados, fez uma apresentação em janeiro de 2020, portanto alguns meses antes da pandemia, sobre o plano imobiliário de longo prazo da banca, ela recebeu algumas críticas. A sociedade passaria de posições pessoais para um modelo de exclusivo de hotelaria, onde ninguém era obrigado a trabalhar presencialmente, e ninguém possuía uma posição fixa também. Os advogados reservavam um espaço antes de chegar ao ambiente de trabalho.

A notícia foi “um pouco dura”, disse Baldwin, em recente reportagem da plataforma Law360 Pulse. Isso alimentou um monte de perguntas. Se todas as posições eram compartilhadas, eles queriam saber, onde armazenariam seus arquivos? O que seria de suas bugigangas? Onde eles colocariam seus sapatos de escritório?

“Foi muito chocante, e eles estavam um pouco preocupados com ‘o que isso significava’. E então, é claro, a pandemia chegou. Todas essas preocupações com o trabalho remoto meio que foram pela janela”, afirma Baldwin.

O modelo híbrido foi feito para economizar dinheiro e aliviar e permitiu que o escritório cortasse um andar de sua sede de 15 andares em Seattle, por exemplo, além de acomodar advogados que buscavam flexibilidade no dia a dia de trabalho. “Somos uma empresa inovadora. Queríamos arriscar”, disse Baldwin. “Nós realmente sentimos que isso era a coisa certa, que estávamos ouvindo nossos funcionários, ouvindo o mercado e o que as pessoas queriam”.

Greenberg Traurig é o 21° maior escritório do mundo, possui uma receita de 1,7 bilhão e 2.170 advogados e nesse caso a transformação se deu no investimento de escritórios fora dos centros urbanos tradicionais. A sociedade expandiu com unidades o no condado de Westchester e adicionou mais dois em Long Island, em Bridgehampton e Garden City. Muitos advogados moram perto de Garden City, e Richard Rosenbaum, presidente executivo, estima que mais de uma dúzia de advogados, incluindo advogados seniores, optaram por mudar de Manhattan para lá. “Vamos dar às pessoas mais opções de onde querem estar. Uma maneira que dissemos foi: ‘Em vez de ir ao escritório, o escritório está vindo até você”, afirma Rosenbaum, que acrescenta que as diferentes localizações também beneficiam os clientes. Como os escritórios nos subúrbios são muito mais baratos do que os imóveis de Manhattan, os advogados podem cobrar menos por hora, o que permite que a empresa também atenda a clientes locais.

“Pode ser a palavra errada para usar neste momento. Mas a ideia é se você está sentado em Manhattan em qualquer local, Garden City, Bridgehampton, Westchester ou Nova Jersey, somos um time. Alguém não é mais ou menos, não importa onde você esteja sentado”, sentencia Richard Rosenbaum.

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