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As boas notícias para o Brasil na reabertura econômica

O Brasil passou as últimas semanas com cerca de 500 mortes por coronavírus ao dia, em diversos dias com esse número abaixo de 400 — um marco na desaceleração da pandemia e o menor patamar desde maio. Sinais como o maior uso de energia elétrica e altas seguidas no varejo também são bons presságios da retomada no Brasil.

Os números estão no relatório semanal de reabertura no Brasil e no mundo da Exame Research, casa de análise de investimentos da EXAME.

Enquanto os estados brasileiros começam só agora a estabilizar os números da pandemia com alguma tendência de queda, a Europa e parte dos EUA vivem uma segunda onda de contágios, situação prejudicada pela chegada do inverno.

Por ora, todas as regiões brasileiras têm queda ou estabilização no número de mortes. Na última semana, até 21 de outubro, um destaque foi a alta na média móvel do Sudeste, que subiu mais de 8% — ainda assim, os valores são considerados de estabilidade.

 (Ministério da Saúde e Exame Research/Exame)

Na média móvel brasileira, só três estados têm alta de mortes: Amazonas, Rio Grande do Norte e Rondônia. Esses estados, como têm população menor e número de casos menor na comparação com outros estados, também têm os índices altamente variáveis. Os demais estados estão com números ou estáveis ou em queda.

Outro indicador que mostra parte da retomada brasileira é relacionado ao turismo. Os brasileiros já buscam tanto por Airbnb quanto no mesmo período de 2019, segundo dados do Google apontados no relatório.

Após uma queda brusca em abril e março, as buscas “empataram” com 2019 a partir de agosto, o que é uma forma de verificar os patamares do turismo e da confiança dos consumidores. A volta às buscas no Brasil ficou acima da média global, que ainda não atingiu os patamares do ano passado.

Na outra ponta, países da Europa que haviam atingido o patamar de 2019 durante o verão no Hemisfério Norte já voltam a cair bruscamente com o aumento de casos. Os EUA também voltaram no mês passado a ter nível de buscas no Airbnb menores do que em 2019.

Outro sinal da reabertura brasileira é o uso de energia, que também superou os patamares de 2019 a partir de setembro. “Houve melhora no faturamento do varejo nesse meio de outubro e um elevado nível de consumo de energia elétrica, um forte proxy de produção industrial e atividade econômica”, escreve o economista da Exame Research, Arthur Mota.

Ainda assim, um dos desafios da retomada brasileira é o prolongamento da crise de saúde — que já dura sete meses, sem data certa para uma vacina — e o risco de uma eventual segunda onda nos moldes da Europa nos próximos meses. Na frente econômica, apesar da reabertura e dos bons números do varejo, o desemprego alto e o fim do auxílio emergencial no fim do ano podem prolongar a crise.

Neste cenário de perspectivas nebulosas para o futuro, a confiança do consumidor brasileiro, embora ainda muito melhor do que no pior da crise, voltou a cair pela primeira vez em seis meses, segundo dados desta sexta-feira, 23, do Ibre/FGV.

Segunda onda na Europa atrapalha economia

O avanço do coronavírus na Europa segue sendo uma das principais preocupações globais. Os países vêm tentando implementar horários limite para sair às ruas, redução no funcionamento do comércio e até proibição de encontros em ambientes fechados para tentar evitar um novo lockdown.

Nesta sexta-feira, 30, os dados do PMI europeu (o índice gerente de compras) já mostram o impacto da segunda onda na economia europeia. No índice composto da Europa, que soma serviços e indústria, o PMI teve o menor resultado em quatro meses, indo de 50,4 em setembro para 49,4 em outubro.

O PMI não mede efetivamente a atividade — números que só serão divulgados oficialmente mais adiante –, mas é uma espécie de termômetro da atividade de indústria e serviços por meio de entrevistas com executivos.

A boa notícia na alta de casos europeia é o número de mortes menor desta vez do que no primeiro pico da pandemia. Alguns fatores que explicam o cenário são o contágio mais alto em jovens em vez de idosos, mais técnicas médicas contra a doença e alguma imunidade já desenvolvida na população.


Fonte: Exame

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