Depois da sinalização do Federal Reserve de elevar os juros nos Estados Unidos antes do esperado agitar os mercados globais, com os brasileiros possuindo um fator extra de agito com o Comitê de Política Monetária (Copom) também apontando mais altas na Selic, os próximos dias prometem ainda tensão conforme os investidores reavaliam o cenário.
O Banco Central brasileiro seguirá como centro das atenções do mercado por aqui. Na terça-feira (22), será apresentada a Ata do Copom, em que a autoridade monetária poderá dar mais detalhes sobre seu cenário básico e os riscos, ajudando analistas, que atualmente se dividem nas projeções de alta de 0,75 ponto percentual ou 1 p.p. no próximo encontro, o que também afeta a visão da Selic para o fim do ano.
Além disso, na quinta-feira (24) o diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, realizam coletiva para apresentar o Relatório Trimestral de Inflação, o que também complementará as avaliações do mercado sobre o Copom.
Completando a agenda doméstica de indicadores desta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na sexta-feira (25) o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país.
Do lado corporativo, atenção para a oferta primária e secundária de ações da EcoRodovias (ECOR3), que pode movimentar mais de R$ 2 bilhões, além da precificação da oferta de units do Banco Inter (BIDI11), que tem compromisso de subscrição da Stone. Por fim, nesta segunda estreia na bolsa a BR Partners (BRBI11).
No campo político, atenção ainda para a conclusão da Medida Provisória (MP) que viabiliza a privatização da Eletrobras, que foi aprovada na última quinta-feira (17) no Senado, mas por ter sofrido mudanças ainda precisa voltar para a Câmara dos Deputados. O texto precisa ser aprovado até dia 22, quando perde a validade.
Já no exterior, a semana conta com menos indicadores, deixando o destaque para os EUA, que além de alguns dados de atividade e de moradias, apresenta na a revisão final do seu Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, com projeção de manutenção da alta de 6,4% já vista anteriormente, segundo dados compilados pela Refinitiv.
Outro dado importante será o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), um dos principais números de inflação acompanhado pelo Fed e que tem sido decisivo para o bc americano definir sua política monetária. Ele será divulgado na sexta-feira (25).
Fonte: Infomoney