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Banco Suiço UBS às vésperas de se unir ao Banco do Brasil

Suíço fez mais transações de M&A e voltou às ofertas de ações

Às vésperas de se unir ao Banco do Brasil em uma joint venture na área de banco de investimento, o suíço UBS mostra uma gradual aceleração de ritmo. O ano passado foi o melhor desempenho local do UBS desde que a instituição voltou ao mercado brasileiro há uma década. “Parte disso é reflexo do próprio aquecimento do mercado, mas também é uma questão de estratégia”, diz Daniel Bassan, chefe do banco de investimento UBS no Brasil.

O UBS, que havia comprado o banco Pactual e tocava uma operação bem brasileira, vendeu em 2009 seu negócio local para o BTG e montou, menos de um ano depois, um escritório menor e de volta ao perfil europeu. Desde então vem buscando gradativamente retomar espaço – isso aconteceu mais facilmente em fusões e aquisições e, nos últimos dois anos, o banco avançou também em ofertas de ações. “Foi um ano em que fizemos um pouco de tudo, participamos das grandes transações de ações, como IPO da Afya e da XP no mercado americano”, diz.

Em M&A, por exemplo, o banco aparece em nona posição no ranking de volume da consultoria Refinit e, no ano anterior, estava em 21º. O banco já teve posições melhores em décadas anteriores, mas é um desempenho superior ao histórico recente. Faz parte da estratégia do banco, por exemplo, ter clientes com recorrência de geração de negócios. Em fusões e aquisições, o banco trabalhou na operação de compra da Avon pela Natura e tinha assessorado a companhia brasileira anos antes na aquisição da The Bodyshop. Em mercado de capitais, compôs o sindicato de coordenadores da oferta de ações do BTG Pactual e de duas emissões de dívida e participou novamente de oferta da operadora de saúde Notre Dame Intermédica.

“É um investimento nos relacionamentos com as companhias e também investimento no time”, conta Bassan. “A equipe quase dobrou desde que cheguei ao banco, em 2016, e é um crescimento consistente, que veio acontecendo à medida que ganhamos mandatos e entregamos resultado.”

Depois de um ano de recorde de ofertas no mercado brasileiro, Bassan também está entre os executivos do mercado financeiro que antevê um novo recorde este ano. “O ceticismo do empresário está ficando de lado, ele parou de discutir demissão e reestruturação e está pensando como e para onde crescer”, avalia. “Todo empresário que a gente fala hoje está com esse pensamento. No varejo, por exemplo, comprar 400 lojas ou aumentar a abertura de lojas? Para um ou outro, tem movimentação de mercado de capitais e M&A.”

Bassan destaca também o aumento do fluxo de investidores locais na corretora do banco, que tem o maior volume institucional no país, enquanto os estrangeiros têm mostrado postura mais cautelosa. “Mas com o volume que vem de privatização, por exemplo, vai ter ‘deal’ para todo mundo, para todo perfil de investidor, estratégico, local, estrangeiro, financeiro.”

Além de privatizações, um tema forte para o mercado de capitais e para fusões e aquisições, segundo ele, é tecnologia. “Deixou de ser um setor independente e passou a ser transversal. É um foco nosso em transações, como IPOs, rodadas de captação privada e M&A, mas também do ponto de vista institucional do banco”, diz. Bassan cita o “evidence lab”, um laboratório de dados e relatórios que deixou de ser da área de research do banco para ser uma unidade independente – assim, o banco de investimento também consegue usar esses dados quando apresenta propostas por mandatos no banco de investimento.

O UBS e o Banco do Brasil anunciaram, no ano passado, uma associação em banco de investimento com previsão de funcionamento já este ano. O negócio já foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas ainda falta a aprovação do Banco Central. “Enquanto isso não acontece, a gente não se move no sentido da sociedade, cada um toca sua lojinha, já que não temos como prever prazo”, diz Bassan. “Estamos animados porque agrega valor para os dois lados. O cliente do BB terá maior distribuição global, o nosso cliente terá mais acesso a empresas locais e potencialmente mais produtos, por exemplo.”

https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/01/31/prestes-a-se-unir-ao-bb-ubs-acelera-ritmo-no-pais.ghtml

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