Unidos em um grande projeto pela Amazônia, Itaú, Bradesco e Santander, historicamente concorrentes, trouxeram a questão ambiental para o dia a dia dos negócios, envolvendo áreas de atuação, clientes, empresas e filantropos. A ideia é criar soluções financeiras e canalizar os investimentos para desafios de longo prazo, entre eles desenvolver a economia da região amazônica de forma sustentável, ajudando as comunidades locais e gerando valor para o país.
Luciana Nicola, do Itaú/Unibanco, explica que um problema tão complexo, como a questão ambiental na Amazônia, só pode ser combatido com uma união de concorrentes. “Em nossas reuniões os crachás ficam do lado de fora e juntos podemos fazer mais”, relata.
Karine Bueno, head de sustentabilidade do Santander, diz que as ações na Amazônia devem ser vistas como uma política de estado, de país, não apenas de governo. “Olhando a Amazônia vimos que era preciso um olhar especial, era uma dinâmica local diferente. O Todos pela Saúde que surgiu com a Covid-19 deve ter um programa específico para a região”, diz.
A mobilização em torno do combate à pandemia de Covid-19 inspirou os bancos a olharem para a Amazônia, não apenas pela questão ambiental e do desmatamento, mas pelas suas carências, necessidades e imenso potencial.
A gerente de sustentabilidade corporativa do Bradesco Júlia Spinasse diz que a Amazônia é um assunto crítico: “Temos um plano ambicioso e é importante que os filantropos, a sociedade como um todo entendam como podem contribuir para essa agenda positiva na Amazônia, os desafios são grandes mas as oportunidades são maiores”, afirma.
O Fórum de Filantropos e Investidores Sociais, do IDIS, media nesta semana os debates entre representantes dos bancos. Para Paula Fabiani, a presidente do IDIS, é cada vez mais forte a ideia de que é preciso ter um capitalismo mais sustentável e que cuide do planeta.
Fonte: Veja