Não bastasse depender do humor de Elon Musk, que consegue ditar os rumos do bitcoin por meio de emojis no Twitter, a criptmoeda mais conhecida do mundo agora tem a China no encalço. As autoridades do país restringiram a mineração da moeda e ordenaram o fechamento de 26 minas na província de Sichuan. A China responde por cerca de 80% da mineração global da moeda, e estima-se que, com esse fechamento, mais de 90% da capacidade do país fique comprometida. Além disso, o Banco Central de Pequim anunciou nesta segunda-feira, 21, que proibiu bancos e plataformas de pagamentos, como o Alipay, de fornecer serviços ligados ao comércio de criptomoedas.
Às 16h35, a cotação do bitcoin caía 7,43% no dia, pouco acima dos 32 mil dólares. A criptomoeda já chegou a ultrapassar a barreira dos 63 mil dólares em abril passado. O mercado encara o movimento chinês como uma alternativa para enfraquecer o bitcoin e fortalecer o yuan digital, a criptomoeda chinesa lançada em abril deste ano.
“Vindo da China nada é muito claro, mas se sabe que o governo trabalha com o yuan e, talvez, a adoção de outras moedas não seja desejável no momento”, analisa Ney Pimenta, CEO da BitPreço, maior marketplace de criptomoedas da América Latina. “Movimentos como este podem descentralizar a mineração e deixar o bitcoin mais resistente a longo prazo”. Diferentemente do bitcoin, as movimentações do yuan digital são controladas pelo BC chinês, eliminando o anonimato das transações.
Fonte: Veja