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Como o tabu do “cheiro de banheiro” virou um negócio de R$ 22 milhões

FreeCô lançou novas versões de aromas, formatos voltados a escritórios e lenços umedecidos, que já venderam milhões de unidades

Um produto criado para resolver cheiros desagradáveis virou um negócio milionário. A FreeCô foi criada pelos sócios-fundadores Rafael Nasser e Renato Radomysler e é o primeiro bloqueador de odores do mercado brasileiro, voltado para eliminar o cheiro do “número 2”. A promessa é que cinco borrifadas no vaso sanitário são o suficiente para eliminar esse problema.

A companhia lançou novas versões de aromas, formatos voltados a escritórios e lenços umedecidos. Com faturamento de 22 milhões de reais no ano passado, a perspectiva é chegar a 30 milhões este ano — mesmo com a pandemia, todos seguimos indo ao banheiro, afinal de contas. 

Rafael Nasser e Renato Radomysler trabalhavam em uma empresa de marketing olfativo. Ou seja, desenvolviam aromas personalizados para lojas, hospitais e empresas. Enquanto desenvolviam esses perfumes, os empreendedores entenderam que os brasileiros são muito preocupados com odores corporais. Enxágue bucal, perfumes, sabonetes íntimos e desodorantes, até para os pés, são produtos muito mais consumidos por aqui. Mas havia um cheiro que ainda não tinha solução: o do banheiro.

“É um cheiro que incomoda tanto ao ponto de ninguém nem querer falar sobre isso. Essa vergonha de ir ao banheiro pode causar problemas físicos, como prisão de ventre, e até problemas psicológicos”, diz Nasser. O investimento inicial na FreeCô foi de 2 milhões de reais.

Ao contrário de outros aromatizantes de banheiro, que apenas espalham um cheiro mais agradável, o FreeCô usa óleos essenciais naturais para criar uma camada bloqueadora e matar as bactérias causadoras do mau cheiro. O produto original, que representa cerca de 60% das vendas, é totalmente natural, sem outros insumos químicos adicionados, com óleos de cravo, canela e capim cidreira. Há ainda outros lançamentos, como os aromas Tutti Frutti e Lavanda, que têm perfumes adicionados.

Se com a empresa de marketing digital os empreendedores têm um negócio B2C, ou seja, com venda para empresas, com o FreeCô eles cuidam de toda a cadeia, do desenvolvimento do produto, fabricação, por uma indústria terceirizada, e distribuição no varejo, ao consumidor final.  As duas empresas, de marketing olfativo e a FreeCô, estão sob o guarda chuva do grupo Higya.

Um dos maiores desafios da empresa foi justamente falar sobre ela. O assunto é um grande tabu e, por isso, a comunicação precisava ser leve e divertida. A FreeCô contratou influenciadores para iniciar a conversa, como a jornalista JoutJout.

Inicialmente apenas como uma venda online, a empresa está presente em lojas do grupo Pão de Açúcar e Carrefour, farmácias como RD e DPSP e em lojas de materiais de escritório – essas últimas, com uma demanda surpreendente. 

Empresas começaram a comprar o produto para deixar nos banheiros dos escritórios, para oferecer mais conforto aos funcionários. Pensando nisso, a FreeCô criou uma versão de dispenser ativada pelo pé, própria para banheiros corporativos, já que não é necessário nem segurar no frasco. 

O produto mais recente são os lenços Free Wipes, lançados em setembro do ano passado. Os lenços servem para limpar as mãos e superfícies, como o assento do vaso. Além das essências presentes no FreeCô, também tem álcool para limpeza e ação hidratante, para não prejudicar as mãos.

O Free Wipes tinha cerca de 10 mil unidades vendidas por mês até fevereiro de 2020. Após o primeiro caso confirmado do coronavírus no Brasil, as vendas dispararam. Entre março e maio, a demanda foi de 3 milhões de unidades. Pelo e-commerce próprio da marca a contagem subiu de 665 unidades em fevereiro para 11.872 por mês até o momento. 

Com o boom do Free Wipes, o FreeCô, bloqueador de odores, também manteve seu crescimento em março desse ano, início da pandemia, somando um aumento de 12%. Em abril, houve uma queda devido ao estoque de produtos que as pessoas fizeram no mês anterior, voltando ao patamar de crescimento em maio, chegando a 13% e com expectativa de crescer 25% em junho.

Fonte: Exame

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