Para Abrafrutas, que considera menos produtos no balanço de exportação, faturamento foi de US$ 1,2 bilhão e alta de 26,7% em relação a 2022, representando recorde ao setor
O Brasil registrou em 2023 um notável desempenho nas exportações de frutas, com destaque para manga, uva, melancia, melão e limão, conforme revelado no Boletim Hortigranjeiro divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 22 de janeiro. O total de frutas brasileiras enviadas ao exterior atingiu pouco mais de 1,11 milhão de toneladas, representando um aumento de 5,9% em comparação a 2022.
Esse expressivo resultado resultou em um faturamento de US$ 1,34 bilhões, marcando um aumento significativo de 23,5% em relação ao acumulado de 2022. Os principais estados exportadores foram o Rio Grande do Norte (25%), Pernambuco (19%), Bahia (18%), São Paulo (13%) e Ceará (11%).
A Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) apresentou uma cifra ligeiramente inferior, indicando um faturamento de US$ 1,2 bilhão. A discrepância é explicada pelo fato de a Conab considerar mais produtos, enquanto a Abrafrutas realiza o balanço daqueles presentes no portfólio de seus associados.
A entidade considera esse desempenho como um recorde histórico para o setor, marcando um aumento no faturamento de 26,73% em comparação a 2022. Em termos de volume, a Abrafrutas aponta um crescimento de 6%, correspondendo ao envio de mais de um milhão de toneladas de frutas para o mercado internacional.
Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas, destaca que esse recorde é resultado do esforço incansável dos fruticultores brasileiros, que se dedicam à produção de frutas de alta qualidade com respeito ao meio ambiente e em busca constante da excelência. A manga permanece como a líder no mercado global, com mais de 266 mil toneladas exportadas, registrando um aumento de 51,52% em valor e 15% em volume. Em segundo lugar, o melão, com 228 mil toneladas, apresentou um crescimento de 20,93% em valor e 2,61% em volume, segundo a Abrafrutas.
Fonte: Exame