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Covid: variante delta atrasa retomada da economia global

O aumento de casos de Covid-19 em alguns países durante o verão no hemisfério norte desacelera a recuperação da economia global, que sente o impacto da variante delta na operação de fábricas, reabertura de escritórios e escolas.

Em vez de entrar nos últimos meses de 2021 com a certeza de que a fase aguda da pandemia ficou para trás, cresce a percepção de que vacinas de reforço podem ser necessárias, com a volta aos escritórios adiada e fronteiras ainda fechadas.

Dados na última semana capturam uma desaceleração global com casos de Covid que afetam viagens e gastos e pioram os gargalos das cadeias de suprimento. Os altos preços da gasolina também surgem como ameaça.

Nos Estados Unidos, empresas pisaram no freio e desaceleraram as contratações em agosto, com o menor número de vagas criadas em sete meses, enquanto check-ins em aeroportos, reservas em hotéis e restaurantes mostram demanda mais fraca. O principal indicador de confiança dos empresários da Alemanha perdeu força, e o setor de serviços da China piorou em agosto. Um indicador global da atividade manufatureira registrou queda.

Indicadores de atividade ficaram abaixo das expectativas em grandes economias, de acordo com o Goldman Sachs, enquanto o Citigroup alertou que a recuperação pode desacelerar com a maior divergência entre setores e regiões.

“A propagação da variante delta está atrasando o processo de reabertura e nos fez revisar para baixo o crescimento global”, disse Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais de Washington, em referência à projeção revisada de 6,2% para 5,7% este ano.

Esse tropeço pode complicar os planos de bancos centrais de reduzir o estímulo à economia, desacelerando as compras de ativos ou aumentando as taxas de juros. O presidente da Federal Reserve, Jerome Powell, alertou em 28 de agosto sobre a contínua desaceleração do mercado de trabalho devido à pandemia, enquanto o banco central da Austrália deve avaliar esta semana se atrasa os planos de redução do estímulo com a piora da situação de Covid no país.

Na Alemanha, Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, também citou o risco de um revés em discurso de 1º de setembro, enquanto o Conselho de Estado da China, o equivalente a um gabinete do governo, ordenou apoio extra para pequenas empresas.

A gravidade da desaceleração a partir de agora dependerá em grande parte da ciência.

Economias com altas taxas de vacinação permitem que governos evitem outra rodada de paralisações, optando por medidas direcionadas que incluem comprovantes de vacinação para locais públicos, como restaurantes. Com o avanço da imunização, o impacto econômico não deve ser tão forte quanto nas ondas anteriores, disse Weidmann.

Economias emergentes, no entanto, ainda buscam o mesmo acesso a vacinas que nações desenvolvidas. A taxa de vacinação é de 58% nas 39 economias definidas como “avançadas” pelo Fundo Monetário Internacional, em comparação com apenas 31% para o resto do mundo, e a campanha de imunização em massa na China tem grande peso neste número.

Economias dependentes da manufatura e turismo, como Vietnã e Tailândia, foram obrigadas a paralisar fábricas e fechar fronteiras para turistas. O Sudeste Asiático enfrenta um dos piores surtos de Covid-19 do mundo, ocupando as cinco últimas posições no relatório mais recente de resiliência contra a Covid da Bloomberg.

Essa recuperação desigual entre economias em desenvolvimento e avançadas só deve se agravar, de acordo com Alicia Garcia Herrero, economista-chefe para a Ásia-Pacífico no Natixis. “A divergência entre economias emergentes e desenvolvidas está realmente piorando.”

Fonte:Infomoney

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