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Demanda por agro do Brasil seguirá crescendo, diz embaixador chinês

A China foi a grande estrela do comércio exterior brasileiro nos últimos anos. Para o embaixador brasileiro Yang Wanming, esse cenário continuará, com amplo interesse das empresas chinesas em investir no agronegócio brasileiro e em setores como tecnologia e infraestrutura.

Wanming participou de uma entrevista no fórum “Super Agro Brasil 2021“, organizado pela EXAME nesta quinta-feira, 8 (veja a programação completa). Em painel anterior, o evento contou também com a participação do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman.

O embaixador chinês disse que o agronegócio é um dos pilares da relação entre China e Brasil, e que a parceria inclui exportação de produtos e transferência de tecnologia. “Somos parceiros naturais e estratégicos na cooperação agrícola”, disse.

“No contexto da pandemia, o papel da agricultura ganha uma importância ainda maior para o Brasil, para a China e para o mundo.”

A China investiu mais de 5 bilhões de dólares em projetos relacionados à agricultura no Brasil, segundo o embaixador, em frentes como terminais portuários e tecnologia para aumentar a produção de soja, o produto brasileiro que é mais comprado pela China.

“As empresas chinesas estão otimistas com o futuro do investimento na área agrícola do Brasil, e esperam manter-se atualizadas das políticas brasileiras de atração de investimentos ligadas à agricultura, logística e infraestrutura”, disse Wanming.

Em grande parte devido à demanda crescente por produtos agrícolas, a China é a maior parceira comercial do Brasil, metade das vendas ao país sendo em exportações agropecuárias. Em sua fala, Wanming ressaltou que a China é a maior compradora dos produtos agrícolas brasileiros há mais de dez anos.

Para o embaixador, uma das maiores frentes de investimento chinês no Brasil, de modo a ampliar o valor agregado das exportações brasileiras, será a logística. “Percebi que a logística constitui tanto um gargalo para a parceria bilateral, como também oferece oportunidades”, disse na entrevista, contando que ouviu essa necessidade ao visitar associações empresariais chinesas e brasileiras.

“Com a grande distância geográfica que nos separa, é prioritário diversificar e melhorar o sistema logístico entre os dois países. Podemos analisar a possibilidade de investimentos chineses para melhorar a capilaridade do transporte”, disse.

Wanming ressaltou que as exportações agropecuárias brasileiras aumentaram quase 10% em 2020, representando um terço das exportações do agronegócio brasileiro. Só o que foi vendido para a China representou o equivalente ao faturamento com os outros cinco maiores compradores do Brasil, como Estados Unidos e União Europeia.

Os itens mais embarcados para os chineses no ano passado foram soja em grãos, carne bovina in natura e celulose, com mais de 30 bilhões de dólares em exportações, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com base nas informações do Ministério da Economia.

Segundo o embaixador, a China está empenhada em elevar o valor agregado dos produtos agrícolas exportados no Brasil, investir em tecnologia e em ampliar a parceria com o Brasil em “áreas novas”, como a “agricultura inteligente e agricultura orgânica”. A busca, segundo ele, é por “sofisticar o nível da nossa parceria através da capacitação de recursos humanos, pesquisas conjuntas, transferência de tecnologia.”

“Não são poucas as empresas chinesas que estão interessadas em realizar operação conjunta com produtores brasileiros”, disse. “Isso cria condições para que o Brasil tenha mais opções de acesso a financiamento, tecnologia e equipamentos.”

Fonte: Exame

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