spot_img

Economia diz que Brasil preserva meio ambiente e continua a ser ‘porto seguro’ para investimentos

Com a política ambiental do governo de Jair Bolsonaro sob ataque político e alvo de críticas de investidores internacionais, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia divulgou nota técnica tentando mostrar que o ingresso de recursos estrangeiros no País não está em risco.

“Recentemente, algumas críticas sem base nos dados têm ganhado espaço nos noticiários e veículos de imprensa. Uma versão particularmente danosa dessas críticas associa a intensificação das queimadas e do desmatamento com possível redução do fluxo de investimentos externos direcionados ao Brasil”, argumenta o documento elaborado órgão, comandado por Adolfo Sachsida.

A nota da SPE faz duas alegações principais: o Brasil estaria entre os países que mais preservam o meio ambiente no mundo ao mesmo tempo em que tem sido um “porto seguro e um destino importante” para o fluxo de investimentos diretos estrangeiros.

A secretaria argumenta que a entrada de Investimentos Diretos no País (IDP) cresceu 26% no ano passado, chegando a US$ 75 bilhões. O valor é equivalente a 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e, segundo a SPE, é proporcionalmente superior ao montante de investimentos recebidos pela “vasta maioria dos países”.

O documento traz ainda gráficos com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) que mostram que o Brasil é responsável por 12% da área de vegetação original preservada no mundo (sem considerar, obviamente, a Antártica) ficando apenas atrás da Rússia. O órgão destaca ainda que a área intocada no Brasil é superior à soma das áreas preservadas nos Estados Unidos e Austrália.

“Quase 60% do território brasileiro encontra-se preservado contra aproximadamente 35% de Canadá e Estados Unidos. A área preservada no Brasil é quase três vezes superior à média mundial”, acrescenta a nota técnica.

A SPE usa ainda dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que apontam a redução nos focos de queimadas em todo o território brasileiro entre 1º de janeiro e 12 de julho de 2020, ante o mesmo período de 2019. Nessa mesma comparação, houve aumento de focos queimadas na Argentina, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

A SPE omite, no entanto, que os dados do próprio INPE mostram que o desmatamento apenas na Amazônia brasileira em junho foi o maior dos últimos cinco anos. Alertas feitos pelo sistema Deter indicam a perda de 1.034,4 km² no mês de junho, alta de 10,65% em relação a junho do ano passado, quando os alertas apontaram desmate de 934,81 km². Em apenas um mês, foram derrubados na Amazônia o equivalente à área da cidade de Belém (Pará). Na segunda, a pesquisadora responsável pelo grupo que monitora oficialmente a devastação florestal, Lubia Vinhas, foi exonerada.

Nesta terça, 17 ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central cobraram do governo brasileiro ações para que o desmatamento tanto da Amazônia quanto no cerrado caia para zero. Carta divulgada hoje pelo grupo propõe diretrizes para o alcance da chamada economia de baixo carbono, como o investimento em novas tecnologias e o aumento da cooperação internacional.

Fonte: Estadão

Você é empresário?

Descubra agora gratuitamente quantos concorrentes o seu negócio tem

Logo Data Biz News
Grátis

Descubra agora quantos concorrentes a sua empresa tem

data biznews logo Data Biznews segue as diretrizes da LGPD e garante total proteção sobre os dados utilizados em nossa plataforma.

Últimas notícias

O que falta para a taxa de juros do BC cair mais rápido

Inflação para 2025 está na meta, na conta do...

Na Saque e Pague, R$ 200 milhões para virar “banco” e “loja”

Muitos especialistas previam o declínio dos caixas eletrônicos, equiparando-os...

Veja outras matérias

Logo Biznews brasil
Consultoria Especializada

Compra e Venda de Empresas

Clique e saiba mais

Valuation

Clique e saiba mais

Recuperação de Tributos

Clique e saiba mais