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El Niño: altas temperaturas provocam atraso no plantio da soja

Os temores dos agricultores em relação aos impactos do El Niño se concretizaram. O aquecimento das águas do Oceano Pacífico resultou em calor extremo e intensa seca em São Paulo, Minas Gerais, Mato do Sul e em toda a região Centro-Oeste. As regiões Norte e Nordeste também enfrentam temperaturas fora do comum, com a umidade do ar comprometida. O denominador comum nessas áreas é o cultivo de soja.

Neste estágio da temporada de plantio, a semeadura da soja já deveria estar mais avançada em vários estados. No Mato Grosso, o maior produtor do país, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) relata que, até sexta-feira, 10, a semeadura atingiu 91,82%, representando um atraso de 3,69 pontos percentuais em relação à média dos últimos cinco anos.

Para aqueles que já plantaram e estão enfrentando a escassez de chuvas, a maior preocupação é a possível perda do investimento em insumos, além de outros custos operacionais. É por isso que práticas como o vazio sanitário, o manejo do solo e o plantio direto precisam ser adotadas, a fim de conferir resiliência climática e hídrica ao ambiente que receberá as sementes.

Em uma entrevista à EXAME Agro, Marino Colpo, CEO da Boa Safra, compartilha a realidade que ouve de clientes nas proximidades de Brasília. “Aqui, há clientes que ainda não realizaram o plantio e aqueles que já plantaram estão enfrentando a falta de chuva. Isso dificulta o desenvolvimento do grão e a produtividade, levando alguns a cogitar a substituição do milho por sorgo, devido aos atrasos nas janelas”, destaca.

Além disso, alguns produtores consideram iniciar o plantio em dezembro, algo que não era observado há muitos anos na região. Com cultivares de ciclo longo, cuja colheita se estende até meados de março e abril, há uma preocupação com o momento em que a colheita ideal do milho deveria estar começando.

Menos chuvas também estão contribuindo para a corrida entre as safras. Alcides Torres, diretor da SCOT Consultoria, relata a incerteza de produtores que ainda não semearam, incapazes de determinar o momento adequado para o plantio do milho. O encurtamento do período de chuvas afeta a produtividade, o fluxo operacional, a pós-colheita e a logística.

“Pela vasta extensão territorial que permite diversos climas, o Brasil é menos prejudicado do que outros países, mas a situação é preocupante. O período de chuvas está cada vez mais curto, e, às vezes, o volume pluviométrico permanece o mesmo. Se chove tudo de uma vez, também não é benéfico”, alerta Torres. A mudança climática afeta a umidade e o comportamento do solo, alterando toda a biodinâmica do local e aumentando a proliferação de doenças. Diante disso, soluções sustentáveis, como sementes mais resistentes com biotecnologia, tornam-se essenciais.

Fonte: Exame

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