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Empresas ao redor do mundo juntam esforços para manter florestas em pé

O ativismo empresarial com o meio ambiente é uma tendência global e com repercussões no Brasil. Como mostra a reportagem da revista EXAME desta semana, a sucessão de notícias sobre queimadas na Amazônia e no Pantanal está motivando uma série de medidas da iniciativa privada para manter as florestas em pé. 

Em três meses, 6 bilhões de reais já foram comprometidos por empresas brasileiras em programas de apoio às florestas. Negócios com faturamento equivalente a 40% do PIB do país já disseram apoiar medidas para manter a biodiversidade do país, nas contas da ONG ambiental CEBDS, responsável por essas articulações em prol da natureza. 

Estão no grupo grandes empresas como a fabricante de cosméticos Natura, a de papel e celulose Suzano, a mineradora Vale e a estatal Eletrobras.

Fora do Brasil, o ativismo da iniciativa privada com o meio ambiente está alguns passos avançado – e traz lições importantes sobre a linha de atuação das empresas brasileiras.

Um desses passos é pressionar autoridades a tomar ciência do problema ambiental à frente. É o que vem fazendo a Business for Nature, coalizão global criada no ano passado e atualmente com mais de 1.200 empresas signatárias. Entre elas, algumas das apoiadoras do CEBDS.

No mês passado, a Business for Nature articulou o Leaders’ Pledge (Compromisso de Líderes, numa tradução livre), um documento com medidas para reverter a perda de biodiversidade. Autoridades de 76 países assinaram o documento. O Brasil ficou de fora. 

“Embora seja decepcionante que alguns países ainda não tenham apoiado a promessa, ela destaca ainda mais a necessidade de envolver os governos e incentivar uma maior ambição e trabalhar com empresas em países específicos, é isso que esperamos fazer”, diz a britânica Eva Zabey, diretora executiva da Business for Nature. “As empresas não podem resolver esses desafios isoladamente.”

Uma maneira de expandir o impacto das ações da iniciativa privada para o meio ambiente é engajar o consumidor final na mudança.

Um exemplo é o Wrap, pacto de empresas com operação no Reino Unido, como as varejistas Aldi e Tesco e a indústria de bebidas Coca-Cola, para reduzir o desperdício no setor.

Assinado em 2015, o tratado endureceu o controle sobre processos industriais e espalhou a coleta seletiva nas principais cidades do país. O resultado: o Reino Unido diminuiu em 7% o volume de alimentos que vão para o lixo em relação ao patamar de 2017.

“O setor economizou 14 bilhões de libras de lá para cá”, diz Claire Kneller, diretora do Wrap, que virou ONG e tem escritórios nos arredores de Londres e no País de Gales.

É importante, ainda, somar esforços para angariar mais recursos à causa ambiental. Em 2019, dezenas de executivos de empresas listadas nos Estados Unidos e na Europa lançaram o Imperative 21, coalizão dedicada a formar políticas públicas para aliar o progresso material à redução da desigualdade e à preservação das florestas — tudo em parceria com ONGs e outras coalizões empresariais. 

Hoje, mais de 72.000 organizações em 80 países participam do Imperative 21, como o B Lab e o Capitalismo Consciente. No Brasil, organizações como o Instituto Ethos, o Pacto Global da ONU e a B3 apoiam iniciativas do grupo.

Na mesma linha, o pacto We Mean Business (“É uma questão de negócios”, numa tradução livre) começou em 2015 como uma iniciativa da filantropia da moveleira sueca Ikea para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius até 2050, conforme previsto no Acordo de Paris, da ONU.

Em julho deste ano, a varejista Amazon, maior empresa do mundo, comprometeu-se a apoiar o trabalho da We Mean Business e a zerar suas emissões de carbono até 2040, dez anos antes do prazo definido pela ONU.

“Na pandemia, mais de 1.200 empresas globais de nossa rede apelaram aos governos para que investissem em ações climáticas”, diz a espanhola María Mendiluce, presidente da coalizão desde maio, após passagens como executiva de empresas como o gigante de energia Iberdrola.

Fonte: Exame

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