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Exportações do agro voltam a superar US$ 100 bilhões em 2020, lideradas por soja e carnes

As exportações do agronegócio atingiram US$ 100,81 bilhões em 2020, segundo maior valor da série histórica, atrás somente de 2018, quando somaram US$ 101,17 bilhões. Em 2019, as vendas do país chegaram a US$ 96,8 bilhões.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo Ministério da Agricultura.

Com o resultado de 2020, o agronegócio foi responsável por quase metade das exportações do Brasil no ano, ao atingir uma participação recorde de 48%.

Em relação a 2019, as vendas do agro cresceram 4,1% nas exportações, puxado por soja, carne e açúcar. Por outro lado, houve queda de 5,2% nas importações do agro, a US$ 13,05 bilhões em 2020.

Como resultado do aumento das exportações e queda das importações, o saldo da balança comercial do setor foi positivo em US$ 87,76 bilhões, o que compensou o déficit de US$ 36,87 bilhões nos demais setores da economia.

A China continuou como a principal compradora de produtos nacionais, adquirindo mais de um terço de tudo que foi exportado pelo setor.

Soja

O complexo soja foi o principal setor da pauta exportadora do agronegócio em 2020, com vendas de US$ 35,24 bilhões e 101,04 milhões de toneladas. O setor correspondeu a 81,1% do valor embarcado pelo agro.

A China comprou 73,2% da soja em grãos exportada pelo Brasil, o que correspondeu a uma cifra de US$ 20,91 bilhões (2,2% superior a 2019).

Já as exportações de farelo de soja somaram US$ 5,92 bilhões e 16,96 milhões de toneladas, recorde em quantidade na série histórica.

A União Europeia foi o principal destino do produto, tendo adquirido 49,5% do valor total. Em relação ao ano anterior, contudo, houve queda de 10,5% nas vendas brasileiras ao bloco.

Carnes

Mato Grosso do Sul é o seg.undo maior produtor de carne bovina do país. — Foto: João Carlos Castro - Famasul
Mato Grosso do Sul é o segundo maior produtor de carne bovina do país. — Foto: João Carlos Castro – Famasul

Já as carnes ocuparam a segunda posição no ranking de setores exportadores do agronegócio brasileiro em 2020, com US$ 17,16 bilhões. As vendas de carne bovina representaram 49,4% desse montante, registrando um crescimento de 11,1% ante 2019.

As exportações de carne bovina in natura registraram recorde em valor (US$ 7,45 bilhões) e quantidade (1,72 milhão de toneladas). A China foi o principal mercado de destino do produto, tendo adquirido 54,2% do total exportado (US$ 4,04 bilhões).

Celulose

Duratex área florestal celulose — Foto: Duratex/Divulgação
Duratex área florestal celulose — Foto: Duratex/Divulgação

Em terceiro lugar, destacaram-se os produtos florestais, com exportações de US$ 11,41 bilhões. A celulose representou 52,5% desse valor, com US$ US$ 5,99 bilhões.

A quantidade embarcada do produto foi recorde: 16,22 milhões de toneladas, tendo a China como principal destino (US$ 2,87 bilhões e 7,87 milhões de toneladas).

Por outro lado, o preço do produto brasileiro no mercado internacional sofreu queda de 24,5% (de US$ 489 para US$ 369 por tonelada), o que explica a redução de 19,9% no valor, mesmo com o mencionado recorde no quantum (+6,0% ante 2019).

Açúcar

Produção cana de açúcar Triângulo Mineiro — Foto: TV Integração/Reprodução
Produção cana de açúcar Triângulo Mineiro — Foto: TV Integração/Reprodução

As exportações do setor sucroalcooleiro ficaram em 4º lugar e somaram US$ 9,99 bilhões em 2020. O açúcar foi responsável por 87,8% do total, somando US$ 8,77 bilhões.

As exportações de açúcar de cana em bruto registraram recorde em quantidade: 26,83 milhões de toneladas e aumento de 65,2% em valor (US$ 7,41 bilhões).

A China aparece mais uma vez como o principal destino do produto brasileiro, tendo adquirido US$ 1,26 bilhão e 4,62 milhões de toneladas em 2020. Na comparação com 2019, houve crescimento de 222,3% em valor e 229,6% em quantidade.

Outro país que também contribuiu para a expansão do açúcar brasileiro no mercado internacional foi a Indonésia, que importou US$ 463,09 milhões e 1,74 milhão de toneladas no último ano. Em 2019 não houve registro de vendas do produto a esse mercado asiático.

Cereais

Por fim, o 5º destaque foi do setor de cereais, farinhas e preparações, com vendas de US$ 6,89 bilhões. O milho foi responsável por 84,9% desse valor, com US$ 5,85 bilhões e 34,64 milhões de toneladas.

Em relação ao ano anterior, houve redução de 18,9% em valor e quantidade, com o preço se mantendo estável em US$ 169 por tonelada.

Os países que mais contribuíram para essa queda nas vendas foram: Japão (-US$ 421,62 milhões), Irã (-US$ 211,01 milhões), União Europeia (-US$ 157,19 milhões) e Coreia do Sul (-US$ 156,56 milhões).

Fonte: G1

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