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GetNinjas e Pif Paf engrossam a fila de futuros IPOs na bolsa brasileira

Quatro novas empresas protocolaram pedido para abertura de capital junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira, 26, engrossando a lista de ofertas na bolsa brasileira.

Os novos pedidos de IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) são da incorporadora Tegra, da petroleira PetroRecôncavo, da plataforma de serviços GetNinjas e da empresa de alimentos Rio Branco.

As empresas se juntam ao número recorde de pedidos de IPO nos últimos meses na B3. Neste momento, a CVM tem 42 ofertas de ações em análise. Só nesta semana, foram dez novos pedidos de abertura de capital, incluindo nomes como Dotz, WDC, São Salvador Alimentos e Kora Saúde.

Em meio à “febre de IPOs” na bolsa brasileira, o grupo de estreantes inclui empresas dos mais diversos perfis: de startups com poucos anos de operação a companhias já consolidadas.

Uma das mais veteranas entre as entrantes desta sexta-feira é a Tegra Incorporadora, antiga Brookfield Incorporações, que marca seu retorno à bolsa após sete anos. Subsidiária da canadense Brookfield Asset Management, a empresa foi formada em 2008 após fusão de Brascan, Company e MB Engenharia.

A Brookfield fechou o capital da Tegra em 2014 em meio à forte crise na economia brasileira, com atraso de obras e estouro dos custos. Desde então, a incorporadora foi repaginada, deixou o segmento do Minha Casa Minha Vida e tem foco hoje nos mercados de médio e alto padrão em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. Após os anos de crise, a Tegra voltou a ter lucro em 2019, e fechou 2020 com lucro de 86 milhões de reais.

Dentre as veteranas está também a Rio Branco Alimentos, dona de marcas como Pif Paf e Fricasa. A companhia produz cerca de 23.000 toneladas de produtos por mês, sobretudo processados de aves e carne suína, com presença em quase todo o Brasil. Em 2020, a receita foi de 2,7 bilhões de reais, e lucro de 148 milhões de reais.

Já a PetroRecôncavo, operadora independente de petróleo e gás, chega à bolsa após 21 anos de operação na bacia do Recôncavo, na Bahia. A empresa tem adquirido campos oriundos do programa de desinvestimentos recentes da Petrobras. A receita em 2020 foi de 789 milhões de reais, o dobro ante 2019. A PetroRecôncavo terminou 2020 com prejuízo de 81,7 milhões de reais, mas comemorou a alta do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), que subiu mais de 200%.

Completa a lista a novata GetNinjas, fundada em 2011 e que oferece uma plataforma que conecta clientes a prestadores de diversos tipos de serviço — de encanadores, pintores e eletricistas a especialistas em conserto de celular.

Segundo o prospecto, o serviço estava presente em mais de 3.800 cidades brasileiras até dezembro de 2020 (a maioria nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste). No ano passado, foram 4 milhões de solicitações — uma a cada nove segundos. A alta nos pedidos ante 2019 foi de 43%.

A plataforma transacionou 963 milhões de reais em 2020 (o GMV, volume total de vendas), alta de 55% ante 2019. A receita, que era de 29 milhões de reais em 2018, subiu 64% no ano passado, indo a 46,7 milhões de reais. O prejuízo tem caído nos últimos anos, mesmo com a expansão da operação: as perdas foram de 890.000 reais em 2020, inferior aos 6,7 milhões em 2018.

Dentre seus pontos favoráveis, a GetNinjas destaca o crescimento da digitalização e do e-commerce no Brasil. Entre os riscos, aponta um possível avanço da regulação sobre o modelo de economia compartilhada adotado pela empresa.

A GetNinjas chega à bolsa na esteira do bom momento para as empresas de tecnologia abrindo capital e apetite dos investidores pelas startups. Desde novembro, empresas do setor já movimentaram mais de 10,5 bilhões de reais em ofertas primárias ou secundárias de ações, o dobro do que já foi registrado por todas as empresas de tecnologia na história da B3, como mostrou EXAME IN.

Fonte: Exame

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