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Governo vê reformas como principal estratégia para entrada na OCDE

No início da tarde desta terça-feira, 23, o ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou a participação em um evento sobre a entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) promovido pelo Center for Strategic and International Studies (CSIS). A ausência foi justificada por uma reunião de emergência no Congresso para tratar as reformas.

Em momento de tensão na economia com a interferência de Bolsonaro na Petrobras, dar andamento na agenda ganhou uma importância a mais para apaziguar os ânimos do mercado. Roberto Fendt, secretário especial de Comércio Exterior, substituiu o ministro no evento. Interrogado por Daniel D. Runde, vice-presidente do CSIS, Fendt falou sobre as reformas como o principal caminho para o enquadramento do país nas exigências da OCDE.

“A agenda de reformas é a mais importante avenida para o Brasil se tornar um membro da OCDE”, disse Fendt, explicando que ingressar no grupo é também uma das razões que incentiva o governo a promover estas mudanças. O secretário especial afirmou que a mudança do presidente do Senado e da Câmara dos Deputados foi estabelecida em um cenário muito favorável para que elas sejam aprovadas mais rapidamente.

Entre as reformas em desenvolvimento, Fendt citou a tributária, administrativa e também de tarifas e barreiras comerciais. O objetivo é abrir a economia brasileira ao mercado internacional – o país é considerado protecionista por colocar altos impostos aos estrangeiros para privilegiar a indústria nacional. “Estaremos mais abertos para a economia internacional [no pós-Covid]. Isso vai trazer efeitos na produtividade no longo prazo”, disse ele, que afirmou trabalhar também na modernização das tarifas do Mercosul. Em relação à macroeconomia, citou reformas sanitárias e na navegação para diminuir os custos do transporte. “Há muitas reformas que estão no processo de aprovação do Congresso”, disse ele.

Sobre a interferência de Bolsonaro na Petrobras, que demitiu o presidente Roberto Castello Branco e causou uma crise política na Estatal, Fendt afirmou que esta é uma “questão muito complexa”. “Há diferentes opiniões em andamento entre os acionistas majoritários da companhia sobre como a política da empresa tem de ser conduzida” e sobre como será a “cooperação do setor público”, disse em resposta ao questionamento de VEJA. O secretário defendeu que os investimentos no Brasil são confiáveis e que a lucratividade é tão alta que supera os Estados Unidos.

Ao mesmo tempo em que Fendt defendia uma abertura da economia que atraia mais investimentos, porém, o ministro Paulo Guedes tenta contornar em Brasília a crise decorrente da intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras. Ao contrário do que defende a agenda liberal de Paulo Guedes, Bolsonaro quer manter os preços dos combustíveis no país abaixo dos cobrados no mercado internacional. No início da tarde, Guedes se reuniu com Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Como publicou o Radar Econômico, uma série de medidas estão previstas nesta semana para neutralizar o mal-estar em Brasília, entre elas duas propostas de privatização.

Fonte: Veja

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