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Grandes bancos reforçam mantra da “igualdade” na disputa com as fintechs

No início deste mês, durante o Itaú Day, os executivos do Itaú Unibanco elogiaram a agenda de digitalização e de desconcentração bancária do Banco Central (BC). Mas ressaltaram que alguns aspectos desse processo requerem atenção, especialmente no que diz respeito às fintechs e novos atores do setor.

Na manhã desta terça-feira, Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, voltou a bater nessa tecla. A diferença, no entanto, é que o seu discurso ganhou um reforço de peso nas falas de outros presidentes dos principais bancos em atuação no País.

“A arena competitiva mudou drasticamente com as fintechs e pseudo fintechs. Basta olhar o market share e o valor de mercado de cada um dos bancos aqui”, disse Maluhy Filho, na abertura do CIAB, evento da Febraban. “Essa competição é saudável, mas é preciso que ela seja em igualdade de condições.”

Com novidades que prometem transformar radicalmente o setor, como o open finance, antes batizado de open banking, a importância do estímulo à concorrência, com a ressalva da necessidade de se discutir a assimetria regulatória entre os bancos e fintechs, dominou a participação dos executivos.

“Estamos inseridos em todo esse contexto de abertura do mercado”, afirmou Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco. “Mas todos aqui fizeram investimentos vultuosos para chegar nesse estágio e isso é propriedade intelectual. Precisa ser respeitado.”

Alinhado com esse mantra, Sergio Rial, CEO do Santander, frisou que o País já tem um sistema que caminha para a desconcentração, com diversos novos nomes dividindo espaço com os bancos tradicionais.

“É preciso um marco regulatório que permita a evolução desse processo competitivo, plural, mas em bases muito mais homogêneas”, disse, ressaltando como positivo um passo recente nessa direção, que envolve justamente companhias de outros setores que estão investindo em ofertas nesse espaço.

“Fico feliz que o Banco Central tenha adotado o open finance e não o open banking, como era previsto”, afirmou Rial. “E decidido abrir tudo, desde a base de dados dos bancos como a de varejistas e de outros segmentos.”

Além dessa questão, Fausto de Andrade Ribeiro, presidente do Banco do Brasil apontou como um dos desafios adicionais no cenário do open finance a segurança da informação. Mas trouxe também para a discussão outros elementos positivos que enxerga nesse contexto.

“É claro que os novos entrantes chegam com um custo de aquisição de clientes menor do que o nosso, mas o open finance também abre uma janela de oportunidades”, observou. “Vamos poder entender melhor o comportamento para personalizar mais o atendimento e oferecer o que chamamos de um banco para cada cliente.”

A necessidade de se olhar com mais atenção para as startups financeiras e outras empresas que já detêm um porte considerável no mercado foi um dos elementos destacados por Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica.

“Quando se tem operações com 5, 10, 15, 20 milhões de clientes, é necessário ter o mesmo tipo de análise para esses agentes”, afirmou o executivo. “No pagamento do auxílio, em 2020, por exemplo, o problema da fraude era um risco sistêmico. Esse é o mesmo caso. Pode haver consequências.”

Ao mesmo tempo, à parte dessa discussão e do avanço de frentes como a digitalização, o open finance e o Pix, o presidente da Caixa chamou a atenção para outro desafio imposto a todo a indústria financeira e que precisa ser debatido.

“Há dois universos paralelos no Brasil. Um, no Sudeste e no Sul, onde o digital ganha força exponencial e tudo acontece mais rápido”, afirmou Guimarães. “E outro no Norte e Nordeste, onde as pessoas não conseguem nem ligar o celular e estão a dois dias de uma agência. É preciso olhar para essas duas realidades.”

Fonte: Neofeed

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