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Grupo Primo, de Thiago Nigro, compra três empresas e avança no mundo das finanças

Thiago Nigro, o famoso Primo Rico, construiu um dos maiores ecossistemas de audiência ao redor de sua imagem e de outros influenciadores do mundo das finanças que têm se juntado ao seu time. Ao todo, o seu Grupo Primo conta com 20 milhões de seguidores e inscritos.

Nigro, entretanto, está indo bem além dos likes e dos shares. Aproveitando a sua maciça presença nas redes, está construindo um ecossistema que envolve audiência, educação e o universo dos investimentos. E, com um faturamento de R$ 130 milhões no ano passado, está acelerando o passo.

Em fevereiro, ele já havia anunciado com exclusividade ao NeoFeed que compraria uma fintech, teria uma plataforma de investimentos e avançaria no setor de educação. Menos de dois meses depois, ele vem cumprindo a promessa à risca.

Ele acaba de anunciar com exclusividade ao NeoFeed a compra de três empresas: a TopInvest, companhia de educação voltada a formação de profissionais do mercado financeiro; a Edufinance, especializada em valuations; e a Paradigma Education, casa de análise voltada ao mercado de criptomoedas.

“Quando olhamos para o estamos fazendo, pensamos na nossa audiência, como um todo, e percebemos que o mundo de educação é muito grande”, diz Nigro, ao NeoFeed. “Temos pessoas que querem aprender a investir e pessoas que querem aprender a trabalhar com dinheiro para arranjar um emprego.”

Por isso, o Grupo Primo foi atrás de uma empresa que estivesse bem-posicionada nesse mercado de formação de mão-de-obra do mercado financeiro. “A TopInvest era exatamente o que estávamos buscando”, diz Nigro. É a primeira vez que o grupo entra no segmento de formação profissional.

Até então, todos os cursos da companhia eram voltados para o investidor. Nigro, que começou a carreira como assessor de investimentos e trabalhou em três empresas, entre elas a XP – hoje sua sócia –, sabe bem os caminhos para entrar no setor e todas as certificações que são necessárias e as dores do mercado.

Para trabalhar no mercado, é necessário ter certificações como CPA-10; CPA-20; CEA, da Anbima; AAI, da Ancord; e os mais sofisticados CFP, CNPI e CGA. “Tem muita vaga, muita oportunidade. Há poucos assessores para muitos investidores”, diz Nigro. “No Brasil, há 80 milhões de pessoas que teriam algum perfil que necessitaria de ajuda para cuidar de seu dinheiro”, diz Nigro. O número de profissionais certificados chega a 700 mil.

O empresário diz que o que chamou sua atenção na TopInvest é que um levantamento realizado pela empresa com base em dados da Anbima mostrou que, no primeiro semestre de 2021, 58% das pessoas aprovadas no CPA-10 foram alunos da TopInvest; 60% do CPA-20, idem; e 52% dos consultores de investimentos do País também.

“Entre 50% e 60% das pessoas que ingressaram no mercado financeiro passaram pelo nosso ecossistema”, diz Nigro. A ideia, agora, é expandir as operações da companhia chegando nas pessoas que nem imaginariam que poderiam entrar nesse mercado de trabalho.

Trata-se de um mercado em ebulição. Em recente entrevista ao NeoFeed, Juliano Custódio, fundador e CEO da EQI, que está prestes a virar corretora, afirmou que a sua empresa pretende contratar 1,3 mil profissionais, principalmente consultores financeiros, nos próximos 18 meses.

“Como as corretoras têm muito dinheiro para investir e tem uma guerra acontecendo entre XP e BTG, com Nubank entrando nessa onda e outros bancos muito capitalizados, existe um ouro na mão, as pessoas estão pagando muito dinheiro pelos bons assessores”, diz Nigro. Algumas empresas chegam a pagar salários de, em média, R$ 10 mil mais bônus de mais salários.

A TopInvest, fundada no Rio Grande do Sul, em 2017, por Kleber Stumpf e Felipe Gubert Cruz, tem um formato 100% online. A compra, cujo valor não é revelado, envolveu 50% em dinheiro e 50% em ações do Grupo Primo. Os dois permanecem na operação.

Além de expandir as operações da TopInvest, que já contou com 60 mil alunos em seus cursos, o Grupo Primo também planeja criar uma ponte entre os formados e o mercado de trabalho. Ou seja, conectar em bancos, corretoras e plataformas.

Uma parte dos formados também poderá ser conectada à Grão, fintech comprada recentemente pelo Grupo Primo para oferecer investimentos para o ecossistema da companhia. Aliás, a Grão já está criando uma gestora que deve entrar no ar até o fim deste ano.

O outro negócio comprado pelo Grupo Primo foi a Edufinance, que é uma empresa de educação nos moldes da marca Primo Rico, mas focada em valuation. “É a melhor empresa focada em valuation do Brasil”, diz Nigro.

A empresa, fundada por Leandro Siqueira, vende treinamentos sobre valuation e um produto chamado VBox. Ele fornece planilhas tecnológicas e modelos de valuations de cada ação. Com isso, o próprio usuário pode descobrir o preço justo das ações testando na tela. A assinatura custa R$ 60 por mês.

A compra das duas empresas traz ainda mais recorrência para o Grupo Primo, algo que faz toda a diferença para não depender de publicidade e do bom-humor dos algoritmos das redes sociais, que podem fechar as torneiras quando bem entenderem.

A Finclass, plataforma de streaming do Grupo Primo, conta com 130 mil assinantes que pagam uma assinatura mensal de R$ 39 e que acaba de subir para R$ 49. A casa de análise Spiti, também adquirida pela empresa, conta com assinaturas que variam de R$ 19,90 por mês a R$ 25 mil no pacote vitalício, com acesso a todos os relatórios e cursos da companhia de research.

No mercado de cripto, o Grupo Primo tem um pé na exchange Biscoint e acaba de comprar uma participação na casa de análise Paradigma Education, voltada para o mercado de criptomoedas.

“Ter o Grupo Primo como parceiro nos possibilita trabalhar a narrativa dessa revolução a nível nacional”, diz Felipe Sant’Ana, sócio da Paradigma Education. Nigro complementa. “Nosso ecossistema de finanças está ficando cada vez mais sólido.”

Fonte: Neofeed

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