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Grupo SEB analisa IPO para parte das operações

O Grupo SEB está analisando fazer uma abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) do seu negócio de franquias de escolas como as redes Maple Bear, Luminova e Sphere e prestação de serviços educacionais, que é feita por um braço do grupo chamado Conexia Educação. “Como nosso grupo internacionalizou quando adquirimos o Maple Bear mundial, estamos só em dúvida aonde vamos lançar, se lá na Nasdaq, que virou moda, ou no Brasil. Eu preferia aqui porque já abri capital uma vez aqui”, disse Chaim Zaher, fundador e presidente do Grupo SEB, que participou ontem da Live do Valor.

Segundo Chaim, há em andamento conversas com vários bancos para analisar se o IPO é a melhor opção para a expansão do SEB, que adquiriu 70% da Maple Bear global em fevereiro. A rede canadense de escola bilíngue está presente em 20 países com mais de 450 unidades e 40 mil alunos.

A abertura de capital não envolveria os colégios próprios – uma rede com cerca de 50 unidades de marcas como Pueri Domus e Concept – apenas as redes de escolas que trabalham no modelo de franquia. “Temos vários tipos de franquias, desde a Luminova com mensalidade de R$ 500 a R$ 600, as escolas AZ, a Maple Bear, a Sphere, que é internacional e lançamos agora”, disse.

A ideia é seguir um caminho semelhante ao da Cogna, maior grupo de ensino superior privado do país, que fez um IPO da Vasta, seu braço de prestação de serviços para educação básica, que levantou US$ 405,8 milhões na Nasdaq há duas semanas.

A Conexia Educação, do SEB, tem em sua plataforma os sistemas de ensino do Pueri Domus e da carioca AZ, ferramentas de aprendizado digital e idiomas, entre outros serviços educacionais usados por outras escolas do mercado. Atualmente, mais de 400 colégios e 150 mil alunos estudam usando essa plataforma do grupo.

O faturamento do SEB está na casa de R$ 1,2 bilhão, incluindo o negócio de ensino superior que o grupo também possui. Esse valor não engloba a rede de franquias do Maple Bear, que teve receita de R$ 710 milhões no Brasil em 2019.

Sobre o retorno às aulas presenciais nas escolas, tema que vem gerando embates acalorados, Chaim enfatizou que essa decisão deve ser baseada em critérios técnicos e sanitários e não em aspectos políticos. “Quem deve dar essa resposta sobre volta às aulas são as autoridades de saúde, não a política”, disse.

Ele criticou o que chamou de politização desse debate. Em sua visão, os políticos estão usando a situação para fazer discurso sobre desigualdade, em vez de resolver as deficiências da educação pública. “Se a escola pública não está preparada, é preciso assumir isso e parar com esse discurso político [sobre desigualdade]. Já a escola particular tem de estar preparada porque os pais pagam por isso”, disse o fundador do Grupo SEB.

“Abismo entre escolas públicas e privadas acontece há décadas, não é agora que vai ampliar mais”, afirmou o empresário, ao criticar o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) que na terça-feira disse que “aula remota é uma agressão à pobreza” e que “abertura de escola privada vai abrir um abismo gigantesco entre pobreza e riqueza” e que não permitirá esse abismo em sua cidade.

Chaim afirma que há exemplos favoráveis que surgiram no setor público e comprovam que, quando há vontade política, é possível adotar o ensino a distância durante a pandemia. Ele citou como exemplo São Paulo. O SEB firmou uma parceria com a secretaria de educação de São Paulo em que os professores do grupo gravam aulas para um curso preparatório do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que, por sua vez, são transmitidas pela TV Cultura aos sábados. O projeto teve investimento de R$ 12 milhões.

Questionado sobre a estrutura da rede pública para um retorno seguro, o empresário argumenta que essas questões são menos complexas e o que vai pesar são os impactos sociais e emocionais provocados pelo isolamento social. “[Mais do que adaptar as escolas], precisamos ver como está o aspecto emocional de professores, colaboradores, alunos e pais de alunos”, disse.

Chaim criticou ainda o que classificou de corporativismo dos sindicatos dos professores nesta pandemia. “Corporativismo mata, sindicatos não querem que os professores voltem nas escolas públicas, nas particulares não é assim.”

Fonte: Valor

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