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Lei discriminatória na Geórgia causa onda de repúdio de empresas nos EUA

Uma nova lei eleitoral aprovada no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, com apoio do governador Brian Kemp, do Partido Republicano, está causando protestos e reações do mundo dos negócios e de defensores da democracia e dos direitos humanos.

Eles apontam que a lei, que endurece as exigências de documentos para a votação nas eleições do estado, tem caráter discriminatório e prejudica os direitos de minorias.

O projeto foi aprovado pelo Legislativo do estado e sancionado pelo governador na última quarta-feira, 31 de março.

Dezenas de grandes empresas americanas, algumas com sede na Geórgia, como Coca-Cola, Delta Airlines e UPS, vieram a público condenar a nova lei, que, segundo especialistas, pode desencadear uma onda de revisão de investimentos no estado.

Microsoft, Facebook, Porsche, Bank of America, JPMorgan, Merck, Cisco e muitas outras companhias condenaram a nova lei no estado.

“O direito igualitário ao voto é um dos fundamentos da democracia americana. Votar deve ser fácil e acessível para TODOS os eleitores elegíveis”, disse por meio de comunicado Larry Fink, CEO da maior gestora do mundo, a BlackRock.

Alfredo Rivera, CEO da Coca-Cola para a América do Norte, disse: “Nós nos opomos a medidas que possam procurar diminuir ou restringir o acesso a voto. Defendemos o amplo acesso, a conveniência do eleitor, a integridade da eleição e a neutralidade política. Qualquer coisa que possa inibir estes princípios pode levar à supressão do voto.”

A Major League Baseball (MLB), a liga americana de beisebol, anunciou na sexta-feira que não realizará mais o All-Star Game em Atlanta, capital da Geórgia, em protesto contra as novas leis. O evento festivo que reúne os melhores e mais populares atletas da liga, estava previsto para junho.

“A Major League Baseball fundamentalmente apoia o direito ao voto para todos os americanos e se opõe a restrições à cabine de votação”, disse Robert Manfred, o comissário da MLB, cargo que equivale ao de presidente da liga.

Segundo a nova lei, eleitores terão que provar a identificação de alguma maneira com contas de água ou luz ou bancárias, em um estado onde se estima que 200 mil eleitores não possuem carteira de motorista ou identidade estadual.

A medida é considerada discriminatória por especialistas em direitos humanos e políticos, na medida em que cerca de 25% dos negros nos Estados Unidos não possuem documento com foto, muito acima do índice de 8% dos brancos.

Outro ponto criticado é a proibição para a distribuição de alimentos e água nas filas de votação, o que tende a desencorajar a presença de minorias nas eleições em locais mais pobres, onde as longas filas são mais frequentes.

A medida dos republicanos foi tomada justamente após o Estado ter sido relevante para a vitória de Joe Biden, do Partido Democrata, nas eleições presidenciais de novembro passado. Foi a primeira vitória de um democrata no estado desde 1992, com Bill Clinton.

A população do estado também elegeu pela primeira vez um senador negro (Raphael Warnock) e um senador judeu (Jon Ossoff).

Fonte: Exame

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