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Magazine Luiza compra Sode e acelera nas entregas ultrarrápidas

Em sua 22ª aquisição em um ano e meio, o Magazine Luiza está comprando a Sode (Soldados de Entrega), uma plataforma de logística urbana, com o objetivo de acelerar as suas entregas ultrarrápidas, aquelas que são feitas em menos de um hora.

A transação, cujo valor não foi revelado, vai acrescentar à operação logística do Magazine Luiza 1 mil entregadores ativos, em oito Estados e que realizam atualmente 2 milhões de entregas anualmente. O grande atrativo para o Magazine Luiza, no entanto, foi o sistema de gerenciamento, roteirização e acompanhamento de entregas da Sode.

“Estamos montando um operador logístico, não só para fortalecer as entregas do Magalu e dos clientes do marketplace, mas também para parceiros externos”, diz Luís Fernando Kfouri, diretor de operações logísticas do Magazine Luiza, em entrevista ao NeoFeed.

A Sode já é parceira do Magazine Luiza na modalidade conhecida como “ship from store”, em que as entregas são feitas a partir da loja ao consumidor que comprou pela internet em até 1 hora. Essa modalidade já está presente hoje em 140 lojas do Magazine Luiza em 30 cidades.

De acordo com  Kfouri, o objetivo é estar em todas as capitais com essa modalidade de entrega ultrarrápida neste ano. Sem dar dados precisos da entrega, o executivo diz que nas lojas em que esse serviço foi implementado, ele representa de 70% a 80% das vendas da lojas.

A Sode foi fundada em 2015, em Recife, pelos empreendedores Carlos Andre Montenegro e Mario Reis Bezerra Junior. Ela atua em São Paulo, Fortaleza, João Pessoa, Recife, Maceió, Salvador, Teresina e Aracaju, Ribeirão Preto e Campina Grande. Com a aquisição pelo Magazine Luiza, o número será expandido rapidamente, segundo Kfouri.

Em breve, a Sode deverá também fazer entregas ultrarrápidas para os sellers do marketplace (3P) do Magazine Luiza, com a entrega a partir da loja. A Sode deve entrar também em outras categorias, como refeições e itens de supermercado.

Nessa área, o Magazine Luiza já fez quatro aquisições, mostrando apetite para competir contra iFood e Rappi. A primeira delas, em setembro do ano passado, foi o aplicativo AiQFome. Em março, adquiriu mais dois aplicativos de delivery: o app ToNoLucro e a plataforma GrandChef (gestão de restaurantes). Em junho, foi a vez da Plus Delivery, baseada no Espírito Santo.

“Colocamos o delivery de alimentos e produtos de supermercado em nossos principais drivers de crescimento para o futuro. O principal racional estratégico da iniciativa é o aumento da frequência de compra no nosso super app”, afirmou Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza, na ocasião, ao NeoFeed.

A companhia também reforçou o seu sistema logístico com as aquisições da Logbee, em 2018, e da transportadora GFL, em outubro do ano passado. Na mesma ocasião, o Magazine Luiza adquiriu a plataforma de tecnologia SincLog, utilizada pela GFL. Com a Sode, a varejista acrescenta motoboys a essa malha logística.

A transação da Sode acontece em meio a uma disputa entre os principais varejistas online para fazer entregas cada vez mais rápidas. A briga chegou inclusive ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) no mês passado.

O Magazine Luiza e o Mercado Livre recorreram ao órgão para saber quem teria a entrega mais rápida do Brasil. O Magazine Luiza ganhou esse primeiro round. Mas o Mercado Livre irá recorrer da decisão.

Os rivais do Magazine Luiza estão também trabalhando para fazer entregas cada vez mais rápidas. O Universo Americanas, que conta com a plataforma logística Let’s, fez 44% das entregas em até 24 horas. Hoje, 14% dos pedidos são entregues em até 3 horas, segundo balanço de primeiro trimestre.

Via (ex-Via Varejo), dona das marcas Casas Bahia e Ponto, já faz 42% das entregas em 24 horas. Em dois dias, 65%.

Nesta batalha, o Magazine Luiza acaba de captar quase R$ 4 bilhões, em um follow on que será usado para financiar a compra da plataforma de e-commerce de games e tecnologia KaBuM!, o maior negócio da história da rede varejista da família Trajano – a transação era estimada em R$ 3,8 bilhões, com parte em dinheiro e outra em ações.

Os recursos da oferta também serão usados para a expansão do Magalu em novos mercados, investimentos em logística, com abertura de novos centros e hubs de distribuição, e o pagamento de aquisições estratégicas.

Fonte: Neofeed

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