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Mercado ilegal causa prejuízo de quase R$ 337 bilhões no Brasil

Perda inclui ações como contrabando, pirataria, sonegação e furto de serviços públicos, dizem entidades

Práticas do chamado mercado ilegal causaram um prejuízo de R$ 336,8 bilhões ao Brasil em 2021, estima um levantamento divulgado nesta quinta-feira (4) por entidades empresariais do Rio de Janeiro.

O cálculo embute os efeitos de ações como contrabando, pirataria, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de serviços públicos.

Da quantia total, R$ 95 bilhões referem-se a tributos não recolhidos e que poderiam ser revertidos em bem-estar para a sociedade, sinaliza a nota técnica, que chama atenção para a existência de um “Brasil ilegal”.

O levantamento foi produzido em uma parceria entre ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro), Fecomércio RJ (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro) e Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

No início do ano, as entidades criaram um grupo de trabalho que analisou o tema. A iniciativa consolidou dados que medem o impacto do mercado ilegal em 16 atividades econômicas, além dos serviços de fornecimento de energia elétrica e água, que integram a área deinfraestrutura.

Conforme o estudo, o prejuízo de R$ 336,8 bilhões equivale ao PIB (Produto Interno Bruto) somado da Bahia e de Sergipe. As entidades também estimam que o mercado ilegal prejudicou a criação de 535,7 mil empregos formais no país.

“Os resultados apresentados pelo GT [grupo de trabalho] são de extrema importância, não só para nossa cidade, mas para o estado do Rio e para o país”, disse o presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito.

“É preciso ter em mente que estas cifras interferem na vida das pessoas. Com políticas públicas adequadas e união e participação do setor produtivo e das autoridades, esse cenário pode e precisa ser revertido, gerando ganhos para todos”, afirmou o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior.

Entre as atividades econômicas avaliadas, o estudo aponta prejuízos causados pelo mercado ilegal da ordem de R$ 60 bilhões em vestuário, de R$ 26 bilhões em combustíveis e de R$ 21 bilhões em cosméticos.

Categorias classificadas como bebidas alcoólicas (R$ 17,6 bilhões), defensivos agrícolas (R$ 15,1 bilhões), TV por assinatura (R$ 15 bilhões) e cigarros (R$ 13,3 bilhões) vêm na sequência.

Nos serviços de infraestrutura, o grupo de trabalho indicou que os custos com furtos de energia, chamados popularmente de “gatos”, atingiram a marca de R$ 6,5 bilhões no ano passado.

O trabalho aponta que, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o índice de perdas não-técnicas –como o furto de energia– é de 15% no Brasil. Na região Norte, o valor supera 50%.

As entidades também afirmam que, conforme dados da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), a quantidade de luz furtada no Brasil seria suficiente para atender durante um ano o estado do Rio de Janeiro.

Fonte: Folha

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