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Mercado Livre toma US$ 375 milhões com o Citi para expandir crédito

Carteira de empréstimos para consumidores e sellers rompeu barreira de US$ 1 bilhão pela primeira vez no terceiro trimestre

O Mercado Livre acaba de obter uma linha de US$ 375 milhões com o Citi para seguir com a agressiva expansão de sua vertical de crédito, emprestando para sellers e consumidores. Os recursos podem ser usados dentro e fora do marketplace, numa aposta do MELI na inclusão financeira.

O funding do Citi, com prazo de dois anos, ocorre num momento em que o Mercado Livre pisou no acelerador na concessão de crédito, ultrapassando a primeira vez a barreira de US$ 1 bilhão na carteira de crédito.

Os recursos tomados pelo Mercado Livre serão destinados ao Mercado Crédito no Brasil e no México. Por aqui, o MELI vai usar US$ 225 milhões (o equivalente a R$ 1,2 bilhão).

“Nossa contribuição para o Mercado Crédito inclui a estratégia financeira que lhe permitirá aumentar a produtividade da sua carteira de financiamentos”, diz Nicolás Bendersky, head de corporate banking do Citi para o Cone Sul.

No terceiro trimestre, o Mercado Livre reportou um crescimento expressivo no crédito. A carteira praticamente triplicou na comparação anual, pulando de apenas US$ 284 milhões para US$ 1,127 bilhão. A originação passou de US$ 1 bilhão apenas no terceiro trimestre, o que dá uma indicação da velocidade com que a companhia quer avançar.

O MELI também vem expandindo o número de consumidores com crédito pré-aprovado — eram 27 milhões no segundo trimestre e, na última divulgação de resultados, 36 milhões. “Embora os créditos para compras ainda sejam o principal produto, os empréstimos pessoais para uso fora da nossa plataforma estão acelerando, disse o CFO do Mercado Livre, Pedro Arnt, em recente apresentação a investidores.

Na composição, os consumidores já são os maiores tomadores de crédito, com US$ 589 milhões da carteira total (um salto de 401%). Os créditos para sellers somavam US$ 456 milhões. O cartão de crédito do Mercado Pago, lançado neste ano, responde por um residual de US$ 81 milhões.

Tipicamente, o crédito oferecido pelo Mercado Livre para consumidores e sellers é quitado em até dois anos. Iniciada em 2016 na Argentina e no ano seguinte no Brasil, a vertical de crédito se aproveita dos dados que o marketplace do MELI possui tanto de sellers quanto dos consumidores, o que permitiu de score de crédito proprietário, com o uso de inteligência artificial e machine learning que ajuda a prevenir fraudes. Os empréstimos para uso fora do marketplace começaram no ano passado.

Mesmo com a expansão da carteira, a inadimplência ficou estável. Os empréstimos com mais de 90 de atraso representavam 10,2% do portfólio de crédito. A maior parte dos empréstimos concedidos pelo Mercado Livre é usada pelos sellers para capital de giro. Na média, os tomadores pegam US$ 450 (R$ 2,5 mil) com um prazo médio de 11 meses.

Na estratégia para fortalecer a área de crédito, o Mercado Livre recebeu a licença do Banco Central, no fim do ano passado, para montar sua financeira — a Mercado Crédito Sociedade de Crédito.

O Mercado Live está avaliado em US$ 64,8 bilhões. Recentemente, a companhia levantou US$ 1,5 bilhão em uma oferta primária. Os recursos serão usados para fins gerais.

Fonte: Pipeline Valor

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