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Mexicana Casai chega ao Brasil para brigar com Housi, da Vitacon, e Nomah, da Loft

O termo Casai surgiu como uma abreviação em espanhol para “casa inteligente”. Foi o nome que a proptech mexicana criou para definir sua proposta de oferecer uma plataforma digital de aluguel de apartamentos modernos com serviços de hotel, mas com aconchego.

A ideia tem dado certo na Cidade do México, onde a empresa já tem 300 unidades disponíveis. E agora vai desembarcar também no Brasil. A startup lança sua operação local nesta terça-feira e escolheu São Paulo como o seu primeiro destino no País.

O pontapé na operação será dado com 100 apartamentos inteligentes disponíveis para hospedagem. Antes da inauguração oficial, a empresa fez um período de testes com alguns clientes, que teve início no fim de 2020.

“Nós surgimos no México, mas desde os primeiros dias sabíamos que logo iríamos para São Paulo”, conta o cofundador e CEO da Casai, Nico Barawid, ao NeoFeed. “A cidade tem uma mistura importante de turismo e negócios que combina com a nossa proposta.”

Antes de fundar a startup, Barawid trabalhou como head de negócios internacionais na fintech Nova Credit. Com as viagens profissionais constantes, achava que a experiência de alugar um apartamento para temporadas mais curtas era sempre inconsistente. “Fiquei pensando em como reinventar a hospitalidade, misturando design, tecnologia e acomodações”, diz.

O modelo da Casai é um meio-termo entre o Airbnb e um hotel. Os apartamentos ficam em prédios em bairros nobres, como Vila Olímpia, Pinheiros, Jardins e Itaim Bibi. São totalmente equipados, com cozinha e até dispositivos inteligentes, como o Google Home, para que o hóspede se sinta mais em casa. As diárias ficam entre R$ 245 e R$ 400.

A tecnologia em cada unidade também garante que tudo está funcionando corretamente, do ar-condicionado à velocidade do Wi-Fi. E toda a experiência é controlada por um app, que funciona tanto como chave do quarto quanto como guia de restaurantes e bares da região, elaborado a partir de recomendações de moradores locais.

A Casai não é dona das unidades, mas trabalha em um formato de gestão imobiliária em parceria com os proprietários. No Brasil, por exemplo, um desses parceiros é a Cerberus Capital. Eles fazem a reforma para deixar os apartamentos no padrão que querem oferecer e cuidam da manutenção e do contato com o cliente final.

“Esse é um ponto importante de nossa proposta de valor: tiramos a dor de cabeça dos proprietários”, afirma Luiz Eduardo Mazetto, general manager da operação brasileira.

É um modelo que exige bastante capitalização. E a startup tem conseguido atrair a atenção de investidores de peso. Em outubro do ano passado, levantou US$ 48 milhões em uma rodada série A liderada pelo fundo Andreessen Horowitz.

O aporte contou ainda com participação do Cultural Leadership Fund (parceria da Andreessen Horowitz com celebridades investidoras), Kaszek Ventures, Monashees, Global Founders Capital, Liquid 2 Ventures e de Florian Hagenbuch, cofundador da Loft, além de fundadores da Nova Credit, Kavak e Runa.

A rodada incluiu US$ 23 milhões em equity e outros US$ 25 milhões em financiamento de dívida, feito pela TriplePoint Capital. Antes, a Kaszek e a Monashees participaram da rodada seed, de US$ 5 milhões, em maio de 2019.

Com os recursos, a Casai investiu na consolidação na Cidade do México e em Tulum. Montou um time com 176 funcionários, 50 deles na área de tecnologia, responsáveis pelo app e pela integração com outros serviços – uma ferramenta conhecida como Butler.

Nico Barawid, cofundador e CEO da Casai

No México, o hóspede pode pedir compras antes mesmo de entrar no apartamento, ou usar a academia da região por alguns dias. A ideia é oferecer o mesmo tipo de serviço no Brasil.

Cerca de R$ 100 milhões serão usados na expansão internacional. São Paulo é o primeiro destino, mas a empresa já está de olho no Rio de Janeiro e em outros destinos turísticos importantes, como Búzios. “Estamos bem capitalizados e focados na execução de nossa estratégia”, diz Barawid.

O segmento, no entanto, já conta com alguns concorrentes de peso no País. Uma dessas empresas é a Loft, que anunciou recentemente a captação de US$ 100 milhões na extensão de uma rodada série D, na qual já havia levantado outros US$ 425 milhões. A injeção de recursos fez com que a avaliação de mercado da empresa chegasse a US$ 2,9 bilhões.

A Loft atua em várias frentes do setor imobiliário, especialmente na compra e venda. Em 2020, a empresa comprou a Nomah (antes conhecida como Uotel), e entrou no mercado de locação e gestão de imóveis com conceito de hotelaria, justamente o espaço explorado pela Casai.

Dentro desse modelo, no entanto, o principal nome é a Housi, empresa de imóveis por assinatura que surgiu como spin-off da incorporadora Vitacon. E a JFL Living, braço de aluguel de imóveis da incorporadora JFL. Essas empresas oferecem apartamentos mobiliados e pacotes de serviços, em contratos com duração inicial de um mês.

Para se diferenciar, a Casai aposta em estadias menores. “Nossos consumidores ficam em média 3 ou 4 dias”, diz Barawid. Nesse período, o serviço de concierge, acessado também pelo app, garante que todas as necessidades do hóspede sejam atendidas.

A empresa ainda lança mão de outra estratégia para cativar seus hóspedes. As unidades são decoradas com obras de arte de artistas locais, que podem ser compradas no fim da estadia.

Fonte: Neofeed

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