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Na Alelo, o big data será usado para conter o avanço da concorrência

Em maio deste ano, a Alelo, empresa de benefícios do grupo Elopar, investiu no lançamento de uma plataforma própria de adquirência 100% em nuvem e abriu a perspectiva de acelerar o desenvolvimento de produtos e serviços centrados nos 700 mil estabelecimentos que compõem sua rede de aceitação.

Seis meses depois, a empresa antecipou ao NeoFeed a entrega dos primeiros frutos dessa estratégia, a partir do lançamento de duas plataformas baseadas nas informações coletadas nas transações e destinadas a restaurantes, bares, supermercados, mercearias e padarias.

“Esse movimento de independência nos deu mais assertividade e rapidez”, diz Cesario Nakamura, CEO da Alelo, ao NeoFeed. “E nesse primeiro momento, optamos por desenvolver soluções que oferecem dados como serviço para ajudar esses estabelecimentos na retomada.”

Até então, a Alelo usava a plataforma da Cielo, outra empresa do portfólio do grupo Elopar. Agora, com 97% dos lojistas que atende já integrados ao seu ecossistema e a previsão de concluir essa migração no primeiro trimestre de 2022, o primeiro lançamento dessa lavra leva o nome de Painel Meus Negócios.

A ferramenta dá acesso a informações como faturamento e fluxo por dias e horários, tíquete médio e padrões de consumo por cliente, e o número de usuários da base da Alelo na região que estão sendo atendidos pelo lojista. A plataforma de software como serviço também permite comparar esse desempenho com as operações de outros estabelecimentos próximos.

Todos esses dados são coletados a partir do volume médio mensal de 55 milhões operações de pagamentos na plataforma da empresa e do consentimento dos usuários de benefícios da Alelo, em linha com a Lei Geral de Proteção de Dados. As informações desses clientes e dos estabelecimentos são apresentadas em clusters anônimos.

Em testes há um ano, o painel começou a ser ofertado oficialmente há um mês. Nesse lançamento, os lojistas terão acesso gratuito por três meses. Passado esse período, será cobrada uma assinatura mensal de R$ 19,90. A Alelo prepara ainda planos de R$ 29,90 e R$ 39,90, com recursos mais robustos.

A plataforma Mais Clientes é uma das novidades no pacote da Alelo

O segundo lançamento está diretamente conectado a essa ferramenta. Com a plataforma batizada de Mais Clientes, o plano é oferecer uma opção para que os dados mostrados no painel sejam usados em iniciativas para atrair mais clientes e ampliar a frequência e o faturamento dos estabelecimentos.

“A ideia é gerar inteligência para que ele consiga fazer ações promocionais e programas de fidelidade, oferecendo benefícios como descontos, cashback e outras vantagens quase que personalizadas”, diz Marcio Alencar, diretor de estratégia digital, marketing e negócios da Alelo.

Além de sugerir campanhas customizadas e identificar os grupos mais aderentes a essas ações no entorno do estabelecimento, a solução oferece o aplicativo Meu Alelo, que reúne o portfólio da Alelo, como canal de comunicação para essas ativações junto aos clientes.

Nesse caso, o acesso à plataforma é gratuito e a remuneração da Alelo se dará por comissões cobradas sobre o resultado de cada ação, na faixa de 4% a 5%. “Temos pouco tempo no ar, mas 89% dos clientes que contratam o painel também aderiram ao Mais Clientes”, afirma Alencar.

Há outras novidades no forno da plataforma de adquirência. A Alelo já está rodando um projeto-piloto e em fase final de ajustes para o lançamento de ofertas de crédito para essa base de estabelecimentos, o que deve acontecer no primeiro trimestre de 2022.

Esses e outros movimentos em busca de novas receitas têm como pano de fundo a perspectiva de uma competição cada vez mais acirrada nos negócios tradicionais da companhia, a partir de mudanças recentes no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que rege benefícios como o vale-refeição e o vale-alimentação concedido pelas empresas aos seus funcionários.

Marcio Alencar, diretor de estratégia digital, marketing e negócios da Alelo

Publicado neste mês, o decreto 10.854 traz, entre outras alterações, a possibilidade de os funcionários fazerem a portabilidade desse crédito para qualquer empresa de benefício. Esse cenário abre caminho para o avanço de novos rivais no setor, entre eles, nomes como iFood, Flash Benefícios e Caju.

“Vamos ter, de fato, um ambiente de concorrência mais ampliada”, afirma Alencar. “Mas, do nosso ponto de vista, o decreto não muda o jogo. Nosso plano é ser cada vez mais relevante para os clientes. Estamos pensando no ecossistema, não apenas em pagamentos.”

Fonte: Neofeed

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