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Na pandemia, big techs vão às compras… de imóveis

Enquanto o isolamento social normaliza o home office e põe em dúvida a necessidade de os funcionários voltarem a trabalhar 100% em escritórios, as gigantes de tecnologia do mundo, em geral mais adeptas ao trabalho remoto, têm se tornado grandes compradoras de imóveis durante a pandemia.

O caso mais recente é o do Google, que anunciou, na semana passada, a compra de um edifício comercial em Manhattan por US$ 2,1 bilhões. A companhia, nascida no Vale do Silício, já é uma das maiores donas de terrenos de Nova York e dos Estados Unidos, com US$ 49,7 bilhões em imóveis, US$ 5,2 bilhões a mais que em 2011.

Em setembro do ano passado, o Facebook comprou um campus de escritórios em Bellevue, Washington, perto de Seattle, por US$ 368 milhões. Já a Amazon pagou US$ 978 milhões pelo antigo prédio da loja de departamento Lord & Taylor, em março de 2020, logo no início da crise pandêmica.

Um dos motivos que levaram à maior demanda imobiliária das chamadas big techs foi a queda dos preços durante a pandemia, em razão da maior vacância. Não à toa, as empresas têm ajudado a compensar a fuga de investidores do setor, que têm evitado colocar dinheiro em prédios comerciais ao mesmo tempo que o home office ganha adesão.

Mas para que as gigantes de tecnologia querem mais prédios? Parte da resposta é meramente financeira. Grandes companhias como Google, Facebook e Amazon se consolidaram durante a crise, tornaram-se ainda maiores e passaram a ter reservas de caixa mais vultosas. Além disso, o sentimento de incerteza alimentado pela pandemia estimulou a poupança por parte das empresas.

As companhias listadas em bolsas dos EUA somam US$ 2,7 trilhões em caixa, sem contar as empresas do setor imobiliário e do setor financeiro, segundo levantamento da S&P Global publicado pelo The Wall Street Journal. O montante representa 90% a mais que tinham no fim de 2011. Só o Google tem US$ 135,9 bilhões.

Com tanto dinheiro sobrando, é preciso dar alguma vazão. Como as taxas de juros estão em níveis historicamente baixos nos EUA, com o banco central americano tentando suavizar os efeitos da pandemia na economia, os imóveis despontam como investimentos mais interessantes do que aplicar em títulos públicos.

As empresas listadas acumulam US$ 1,64 trilhão em terrenos, alta de 38% em relação há 10 anos e no maior nível para o período, também segundo a S&P Global. As líderes são a varejista Walmart, com sua rede de lojas, e a Amazon, que precisa de armazéns para guardar seus produtos. O Google, porém, aparece à frente, por exemplo, do McDonald’s.

Para as empresas de tecnologia, vale dizer, os imóveis não servem apenas como escritório para funcionários, mas também como locais para instalar os data centers. Em março, a empresa informou que tinha planos para investir US$ 7 bilhões para expandir espaços físicos e construir novos data centers. Do montante, US$ 1 bilhão teria como destino a Califórnia, onde está a sede da companhia.

O imóvel que o Facebook comprou, localizado perto de Seattle, pertencia à Recreational Equipment Inc., conhecida como REI, uma loja de roupas e equipamentos. A REI havia projetado o complexo para refletir sua imagem ao ar livre, como uma forma de recrutar novos funcionários. A companhia, porém, nunca ocupou o espaço, por causa da pandemia.

A propriedade está localizada ao lado de três outros edifícios do Facebook. À época da aquisição, o Facebook disse que gosta particularmente da região por ser um berço de talentos em engenharia e por ver a área com potencial para ser um hub.

Fonte: Neofeed

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