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Na Petz, meta digital para 2025 vira realidade em ano de pandemia e IPO

A Petz abriu um novo ciclo de sua história, junto com a divulgação do balanço de 2020, e anunciou-o assim ao mercado: “ser mundialmente reconhecido como o melhor ecossistema do segmento pet até 2025”. Quem fará esse reconhecimento a rede não explica, mas destaca que os pilares para isso serão expansão de lojas e da plataforma digital, junto com o desenvolvimento de soluções para os clientes.

Lançar esse desafio a si própria, foi uma forma da empresa tentar dizer ao mercado que precisa de novos marcos após tudo que alcançou em 2020, ano em que também realizou sua oferta pública inicial (IPO) na B3. E achou por bem colocá-lo dessa forma. Essa é a nova meta para 2025, uma vez que a anterior — fazer pelo menos 1/4 das vendas totais via canais digitais — virou realidade já no ano passado.

Bem no meio de uma pandemia global, a Petz teve um crescimento de quase 50% nas vendas, com um aumento da geração de caixa operacional ainda maior: 66%.  Para completar, após realizar a oferta de ações na bolsa, zerou sua alavancagem financeira e terminou o ano praticamente sem dívida líquida.

Os dados da rede marcam a certeza de algo que quem tem animal de estimação já sabia: os bichanos se tornaram os reis na pandemia. Com os donos em casa, foram mimados como nunca.

Em número detalhados, a receita bruta total aumentou 46,6%, para R$ 1,7 bilhão. Desse total, quase R$ 400 milhões vieram do e-commerce. A empresa partiu de uma base de pouco menos de R$ 100 milhões, em 2019. Com isso, a fatia digital sobre a soma das vendas saiu de 7,7% para 23,2% na comparação anual. Mais do que isso: no quarto trimestre, a companhia alcançou a meta de vendas digitais que havia projetado para ocorrer apenas em 2025, no cenário pré-pandemia — com 26% do total bruto.

O market-share da Petz no mercado online dobrou, de acordo com pesquisa da Euromonitor e alcançou 27%, de acordo com levantamento deste ano.

Aqui, há uma importante diferença para ser pontuada em relação ao varejo de eletrônicos e produtos para casa. As vendas digitais cresceram junto — e muito mais — do que nas lojas físicas, mas as unidades continuaram abertas. Portanto, não se trata de migração temporária de fluxos, é muito mais para adição, de fato. As vendas mesmas lojas da Petz aumentaram 26,5% em 2020, ante 7,7% no ano anterior.

A companhia conseguiu transformar a internet em uma grande porta de entrada de novos consumidores, conforme os números divulgados na noite de ontem: foram adicionados 1 milhão de clientes em 2020 e metade deles começou a relação com a rede por meio dos canais digitais. O aplicativo da marca já responde por metade das vendas eletrônicas, com 630 mil usuários ativos por mês.

Além disso, a rede varejista vem investindo cada vez mais na fidelização de clientes. Em dezembro, 15% das vendas vieram de compras por assinatura, uma forma de cliente adquirir recorrentemente o mesmo produto, de forma previsível.

Ao fim de 2020, a rede tinha 133 lojas, 28 delas inauguradas ao longo do ano, com destaque para três novas praças fora do estado de São Paulo: Sergipe, Mato Grosso e Ceará. Junto das lojas, há 114 clínicas veterinárias, sendo 10 hospitais — nove deles, 24 horas.

A companhia gerou R$ 116,8 milhões de reais em caixa com sua operação em 2020, 66% mais do que em 2019. Com a capitalização na oferta pública, fechou dezembro quase sem dívida líquida: R$ 8,8 milhões, já que havia R$ 496,3 milhões em compromissos financeiros para R$ 487,5 milhões em caixa.

E, por último, sempre bom citar, já que é o objetivo primordial de uma empresa: o lucro líquido praticamente dobrou, de R$ 37,4 milhões para R$ 74,2 milhões na comparação anual.

Na onda da humanização do pets, a companhia foi avaliada em pouco mais de R$ 5 bilhões no IPO realizado em setembro. Desde então, a valorização foi da ordem de 50% e a empresa vale hoje R$ 7,75 bilhões na B3.

Fonte: Exame

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