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Na XP, R$ 500 milhões para o primeiro private equity de agro no varejo

Num mundo de inflação de alimentos, o Brasil é sempre lembrado como o grande país capaz de abastecer a população global, atenuando o risco de escassez. Apesar disso, o agro nunca foi um setor popular entre investidores de varejo, mas a XP quer mudar essa história.

Depois de se tornar referência em emissões de dívidas e ações do mundo agro, emplacando a oferta de Boa Safra (um dos raros IPOs de sucesso da última temporada) e a maior parte dos Fiagro independentes, a XP coordenou a oferta de terceiro fundo de private equity de agro da Aqua Capital.

Foi a primeira vez que os investidores de varejo tiveram acesso a um veículo alternativo dedicado ao agro. A captação total do fundo do Aqua, que mira US$ 400 milhões, ainda está em andamento, mas a oferta no varejo já foi concluída, levantando R$ 501,7 milhões com 7,2 mil pessoas físicas.

“O Brasil é um país agro, mas você vê pouca oferta atrelada à essa tese e os clientes querem”, disse Leon Goldberg, sócio e responsável por fundos de investimentos da XP, em uma conversa com o Pipeline.

Para levantar os recursos para o Aqua Capital, Goldberg e os executivos da XP que lideraram a distribuição contaram com o apetite renovado dos investidores para o agro — a disparada das commodities escancarou a relevância do setor — e com o histórico de rentabilidade da gestora de private equity fundada no Brasil pelo argentino Sebastian Popik.

No segundo fundo, um veículo de US$ 370 milhões ainda em fase de investimento, a gestora já realizou uma taxa interna de retorno (TIR) de 36% ao ano, multiplicando o capital do fundo em quase cinco vezes, disse Fabiano Cintra, sócio e responsável pela área de parcerias de fundos de investimentos da XP.

Com R$ 3 bilhões sob gestão (cerca de US$ 650 milhões), o Aqua já levantou dois fundos desde que foi fundado e investiu em companhias como Agrogalaxy, Grand Cru e Biotrop, sempre explorando a tese do agro para além da porteira das fazendas — ativos de varejo, como as revendas de insumos e logística, integram o portfólio.

Com a captação, a XP aposta na democratização dos investimentos alternativos, uma classe que até pouco tempo ficava restrita a clientes ultra high-net-worth. No fundo do Aqua, a plataforma de investimentos não só atraiu 7,2 mil pessoas, como ofereceu um tíquete médio mais acessível — R$ 25 mil. Em média, os investidores colocaram R$ 65 mil.

O fundo do Aqua também já nasce conectado à ferramenta criada recentemente pela XP para negociar cotas de investimentos alternativos no mercado secundário, uma alternativa de liquidez que dá conforto para um perfil de investidor que ainda não está acostumado aos prazos dilatados desse tipo de fundo.

Considerando o fundo do Aqua, a XP já fez 35 ofertas de fundos de investimentos alternativos para o varejo, atraindo 50 mil clientes. Em número de cotistas, o maior veículo dessa leva foi um fundo de fundos que captou R$ 1,2 bilhão com 10,6 mil investidores. “Somos a maior plataforma de investimentos ilíquidos para pessoas físicas no Brasil”, crava Goldberg.

Fonte: Pipeline Valor

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