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Negócios da fé: Softbank e Andreessen Horowitz investem na Glorify

Para onde se move o rebanho de fiés? Seja onde for, as igrejas lá estão. Quando o assunto é mídia e conteúdo religioso, a lógica é essa. No Brasil, incontáveis horas em canais de TV aberta falam por si — aliás, cultos e missas também correram para o YouTube durante a pandemia.

Num mundo cada vez mais tecnológico, os founders da fé também dariam o ar da graça — e os fundos de venture capital não ficaram de fora. Pois o Glorify, o aplicativo que ajuda cristãos a exercitarem sua fé diariamente, acaba de captar US$ 40 milhões em uma rodada série A liderada pela Andreessen Horowitz. O negócio surgiu no Reino Unido, mas a fé brasileira é grande: 72% dos downloads são daqui.

SoftBank e a gestora norte-americana K5 Global acompanharam a rodada. A startup também atraiu celebridades. O ator Michael Ovitz, os cantores Michael Bublé e Jason Derulo, a matriarca da família Kardashian, Kris Jenner, e os fundadores do Candy Crush participaram do aporte.

O app parte do princípio de que a fé é como um músculo que precisa ser exercitado. “Minha visão pessoal é a de que a Bíblia é repleta de mensagens positivas e aprendizados incríveis. Então, pensamos como poderíamos empacotar isso e colocar nas manhãs e noites de todo o mundo de maneira acessível, simples e engajadora”, diz Ed Beccle, CEO e cofundador do aplicativo.

O jovem de 22 anos fundou a empresa com Henry Costa, de 33. Ambos londrinos, se conheceram por meio de amigos em comum quando Beccle ainda tinha 18 anos. Um jovem excepcional, tinha uma licença especial na escola para passar parte do tempo estudando e a outra parte prospectando novos negócios.

Poucos meses depois, criaram a primeira empresa juntos, a Grasp.hr, para conectar funcionários e mentores. Em 2020, decidiram unir a fé ao mundo dos negócios. “Glorify preenche todas as caixinhas para mim: algo com impacto positivo, o que me deixa muito orgulhoso, mas também algo que faz todo sentido comercialmente falando. E para escalar isso é muito importante”, diz Beccle.

Com uma experiência gamificada, o usuário tem um dashboard onde consegue marcar as tarefas do dia que foram feitas — ler uma citação, uma passagem da Bíblia, ouvir uma mensagem devocional ou uma reflexão — e ganha pontos na medida em que as completa.

Não é como se eles fossem se transformar em algum tipo de recompensa financeira — ao menos não por enquanto. A ideia é ser um incentivo para que as pessoas continuem usando o aplicativo. “Estamos construindo algo que é sobre se conectar profundamente a poucas pessoas e compartilhar algo muito íntimo, que é a sua fé em Deus”, diz Beccle.

A versão brasileira do aplicativo já conta com 1,8 milhão de downloads, o que dá um indicativo da devoção nacional para o Glorify. No mundo todo, são 2,5 milhões, mas o app quer chegar a 20 milhões em 2022. No Brasil sozinho, a meta é bater os 10 milhões.

Assim como serviços como Spotify, o aplicativo funciona na modalidade freemium, com alguns conteúdos gratuitos e a possibilidade de pagar para ter acesso a tudo. A versão brasileira, a mais popular da startup, tem duas opções de planos, um mensal por R$ 14,90 e outro anual, de R$ 149,90. Usuários Android ainda estão no modelo beta, que é totalmente gratuito, mas isso deve se igualar no início de 2022.

Mas ainda há a possibilidade de fornecer a versão premium do aplicativo como um benefício corporativo. Cada valor, no entanto, é negociado de acordo com a quantidade de funcionários da empresa e definido por contrato. Na visão da startup, essa é uma forma de aliviar o estresse, a ansiedade e garantir uma melhor qualidade de vida.

Página inicial do aplicativo Glorify

Ao que tudo indica, as assinaturas não serão a principal fonte de monetização do Glorify. Para engajar fiéis sem recursos financeiros, o app pode abrir mão da cobrança. A partir de um questionário, o usuário conta um pouco sobre a sua vida, a sua fé e condição financeira. Se realmente não puder pagar, o serviço é concedido gratuitamente — e fraudes não são uma preocupação para a startup.

Aos poucos, novos serviços serão agregados. “O que as pessoas estão vendo é menos de 1% da jornada e fomos intencionais nisso. Precisamos provar que as pessoas ficariam no app e que voltariam todos os dias. E nós provamos. Agora podemos fazer coisas que façam mais sentido financeiramente”, disse o Beccle sem abrir o jogo.

Fonte: Pipeline Valor

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