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O desafio dos grandes escritórios: reter talentos

Está mais fácil e barato montar um escritório de advocacia, ou seja, diminuiu o custo de entrada. Se o advogado empreendedor tem facilidade para atrair clientes e gerar negócios, essa jornada empresarial individual torna-se muito atrativa.

Sullivan & Cromwell é o 24° maior escritório de advocacia do mundo em receita, 1,5 bilhão de dólares, com 808 advogados. Presta consultoria em litígios, investigações corporativas e regulamentações complexas, grandes fusões e aquisições nacionais e internacionais, finanças, transações corporativas e de reestruturação, questões tributárias e de planejamento patrimonial.  A banca foi fundada em 1879 e atua com unidades em Nova York, Washington, Los Angeles, Palo Alto, Londres, Frankfurt, Paris, Bruxelas, Hong Kong, Pequim, Tóquio, Melbourne e Sydney.

Em 1° de janeiro o escritório anunciou uma mudança no organograma de gestão, que transformou dois vice-presidentes em copresidentes, Robert Giuffra e Scott Miller. Eles sucedem a Joseph C. Shenker, presidente desde 2010, que continuará a servir no Comitê de gestão como presidente sênior, além de continuar como advogado atuante. “Desde os dias de nossos fundadores, Sullivan & Cromwell tem um compromisso inabalável com nossos clientes, nosso pessoal e nossas comunidades”, disse o Shenker. “Bob e Scott exemplificam essas qualidades, há muito tempo se estabelecendo como conselheiros de confiança, cujas qualidades complementares em litígios e direito corporativo refletem o amplo escopo de trabalho que fazemos para nossos clientes em todo o mundo”.

Será a primeira vez na história do escritório de 143 anos que a liderança será dividida e a primeira vez que um advogado de litígio, Giuffra, assume a posição (Miller é um advogado corporativo), por isso a notícia causou certo alvoroço na mídia dos negócios jurídicos americanos. Para o Wall Street Journal, “Guiar a firma pelo resto da pandemia de coronavírus será um dos primeiros desafios da dupla, disse Miller. A firma viu mais advogados retornarem ao escritório este ano do que muitos de seus pares, disse ele, ajudados em parte pela Sullivan & Cromwell possuir seu prédio na parte baixa de Manhattan, o que lhe dá mais espaço para usar e para afastar as pessoas. Os escritórios de advocacia tradicionalmente enfatizam a importância de trabalhar lado a lado como a melhor forma de treinar a próxima geração. O Sr. Miller disse que está focado em “como você incutir uma cultura ao mesmo tempo que permite às pessoas um pouco de liberdade para trabalhar em um ambiente fora do escritório, pelo menos parte do tempo”.

Nas diversas entrevistas à mídia do trade e de negócios americana, os copresidentes foram estimulados a falar sobre os desafios impostos pela crise sanitária provocada pela Covid-19, que resiste em ceder espaço para a retomada das atividades profissionais, pelo menos nos moldes em que eram praticadas até março de 2020. No entanto, Robert Giuffra e Scott Miller tiveram oportunidade de falar sobre outros desafios.

Para a dupla o desafio nº 1 é recrutar, treinar e reter os melhores advogados. Um foco de preocupação cada vez mais constante por causa da sensível diminuição do custo de entrada no mercado imposto pela própria pandemia. Hoje em dia é mais fácil e barato montar um escritório de advocacia, e se o advogado empreendedor tem facilidade para atrair clientes e gerar negócios, essa jornada empresarial individual torna-se muito gratificante.

O desafio nº 2 é ter certeza de que a liderança tem a visão de para onde os clientes estão se movendo e quais são as áreas que eles buscarão serviços. “Um dos maiores erros que um escritório de advocacia pode cometer é resistir às mudanças. O mundo é um lugar inovador e os escritórios de advocacia devem continuar inovando e estar sempre um passo à frente de nossos clientes. É por isso que gostamos do nosso modelo generalista, que está se tornando cada vez mais único à medida que o negócio do direito se torna cada vez mais especializado” afirma Giufra.

Para Miller, o terceiro desafio é fazer com que os advogados se sintam engajados, produtivos e capacitados para perseguir o que os interessa ao longo de suas carreiras. “Um dos aspectos mais importantes disso é que queremos continuar a fomentar o ambiente onde nossos advogados, possam exercer as áreas que são mais interessantes para eles, mas obviamente têm significado para nossos clientes. A capacidade de buscar o que é do seu interesse, mantendo uma prática geral mantém nossos advogados interessados, os mantém engajados ao longo de suas carreiras” afirmou o recém-empossado copresidente.

Os três desafios impostos à dupla de gestores é um resumo do foco que os administradores de escritórios de advocacia devem perseguir em 2022. Isso serve para mercados amadurecidos, como o americano, mas é muito adaptável ao mercado brasileiro, que não padece da falta de negócios, nem de talentos, tão pouco de condições para implementar a boa gestão legal, e sim padece de informações e dados confiáveis.

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