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O futuro da Invepar

A decisão política pode determinar o destino da holding de infraestrutura controlada por fundos de pensão de estatais, à medida que ocorre um desmonte gradual de seu portfólio.

Operadores do setor de infraestrutura estão atentos às diretrizes dos fundos de pensão, aguardando com expectativa o desfecho da situação da Invepar. Até o momento, o futuro da empresa tem sido visto como um processo gradual de desmantelamento, até que a negociação seja completamente encerrada. No entanto, esse cenário poderia ser alterado caso haja uma diretriz federal direcionada aos três principais acionistas, vinculados às estatais – Previ, Petros e Funcef, entidades previdenciárias do Banco do Brasil, Petrobras e Caixa Econômica Federal, respectivamente.

Um executivo do setor afirma: “Atualmente, estamos diante de uma empresa que está destinada a desaparecer, pois não possui uma massa crítica de negócios capaz de sustentar sua estrutura. No entanto, trata-se de três grandes fundos, que podem receber novas orientações governamentais”.

No início do ano passado, a Monte Capital adquiriu os direitos de crédito do fundo Yosemite, que possuía o restante dos ativos da OAS. Por meio de dois sócios, a Monte Capital obteve representação no conselho da Invepar e se tornou acionista indireto. Esperava-se que a entrada de um novo investidor impulsionasse a empresa, abrindo novas oportunidades de investimento. No entanto, devido à discrepância entre o valor registrado nos balanços dos fundos de pensão e a realidade, as instituições não desejam vender ativos para evitar perdas nem injetar mais dinheiro, pois correriam o risco de esgotar os recursos financeiros. Como resultado, as operações ficaram paralisadas.

A proposta inicial da empresa era realizar uma oferta pública inicial (IPO) após a reestruturação da dívida, que ocorreu no final de 2021 e envolveu a transferência das concessões do MetrôRio e do MetrôBarra para os credores. No entanto, não houve uma janela de oportunidade favorável no mercado e, de acordo com os bancos, seria difícil obter as avaliações de preços desejadas pelos acionistas.

A Invepar possui a concessão do Aeroporto de Guarulhos até 2032 e tentou vender uma participação na concessionária há dois anos, sem sucesso. Para um executivo do setor de infraestrutura, o prazo é muito curto para iniciar um projeto como esse agora, considerando que ainda restam nove anos de um contrato inicial de 20 anos. Além disso, a Invepar detém a concessão rodoviária da CLN, no litoral norte da Bahia, e recebeu propostas de compra de concorrentes. No entanto, a empresa alegou que está aguardando uma decisão judicial sobre o reequilíbrio do contrato. A Invepar também possui uma pequena participação no VLT carioca, controlado pela CCR.

A seção da empresa responsável pela rodovia 040, que atravessa Goiás e Minas Gerais, já está em processo de relicitação, enquanto a linha amarela no Rio de Janeiro pode ser retomada pela prefeitura em uma disputa judicial. “A empresa precisaria de um aporte de capital para participar de novos leilões e recompor seu portfólio”, afirma uma fonte próxima ao grupo.

Em abril deste ano, a Invepar elegeu um novo diretor-presidente e um novo vice-presidente financeiro, com mandatos até 2025. Gustavo Figueiredo, que já era o responsável pela GRU Airport, assumiu a liderança da holding, enquanto Marcus Vinicius da Rosa assumiu as finanças e as relações com investidores. A Previ tem maior influência nas decisões, mas o novo presidente do fundo de pensão do Banco do Brasil, o sindicalista José Luiz Fukunaga, foi afastado do cargo por uma decisão judicial na semana passada. Portanto, a Invepar terá que aguardar para ver como essa situação se desenrolará.

Fonte: Pipeline Valor

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