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“O momento é perfeito para investir”, diz o americano Rudolph Giuliani

A pandemia do coronavírus trouxe mudanças profundas na maneira como as pessoas compram, vendem e produzem no mundo inteiro. “Estamos em um mundo totalmente diferente do que estávamos há exatamente um ano”, disse neste domingo (9) o americano Rudolph Giuliani, advogado pessoal do presidente Donald Trump, na abertura do Global Retail Show 2020, o maior evento virtual sobre varejo do mundo.

Ex-prefeito de Nova York entre 1994 e 2002, Giuliani disse que, um ano atrás, poderia vir ao Brasil ou viajar a qualquer parte do mundo sem problema. Agora, com as restrições à mobilidade, é necessário recorrer cada vez mais às ferramentas de comunicação. “Agora, vivemos em uma cibersociedade três ou quatro vezes maior do que havia antes, o que tem seu lado positivo”, disse. O crescimento do comércio online compensa, de certo modo, os problemas que os consumidores enfrentam para fazer compras em lojas físicas, especialmente em lojas de conveniência, que, pela necessidade de manter o distanciamento social, precisam limitar o número de clientes que podem entrar no estabelecimento ao mesmo tempo.

Giuliani ecoou uma narrativa de Trump, que frequentemente atribui a pandemia da covid-19 aos chineses. “Há um sentimento de que a China é responsável por esse vírus”, disse. Isso, segundo ele, é uma barreira para a normalização do comércio entre os países. O ex-prefeito de Nova York, no entanto, se disse otimista com a redução da taxa de mortalidade com o coronavírus no seu país e com a perspectiva da descoberta de uma vacina. A economia americana ainda enfrenta alto nível de desemprego, mas Giuliani chamou a atenção dos investidores: “Os preços para fazer aquisições estão baixos neste momento. Este é o momento perfeito para investir”, afirmou. “Se olharmos para a economia dos Estados Unidos, daqui a seis meses ou 1 ano, com certeza vamos estar crescendo.”

Em outro painel, o diplomata Marcos Troyjo, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento – o Banco do Brics –, falou sobre as mudanças na economia global. Para Troyjo, desde a queda do Muro de Berlim, em 1989, até a quebra do banco Lehman Brothers, em 2008, o mundo viveu uma fase de “globalização profunda”, com o fortalecimento da integração regional, incluindo a criação da União Europeia. Agora, segundo Troyjo, vivemos uma fase de “desglobalização”, com o aumento do protecionismo e das restrições ao fluxo de mercadorias e capitais.

Olhando para o futuro, Troyjo também se mostrou otimista com as oportunidades geradas pelo redesenho na economia global. O diplomata apontou que o chamado E7, o grupo das sete principais economias emergentes do mundo (China, Índia, Brasil, Rússia, Indonésia, México e Turquia), já tem um PIB combinado de 53 trilhões de dólares em PPP (poder de paridade de compra), montante superior aos 40 trilhões de dólares de PIB somado do G7, o grupo das sete nações mais ricas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). “Somos testemunhas de um eclipse espetacular que está acontecendo na economia global”, disse Troyjo. “Essa é uma dinâmica que vai continuar e que vai ter um gigantesco impacto sobre o comércio global, inclusive para o Brasil.”

Outra personalidade que participou hoje da abertura do Global Retail Show 2020 foi o empresário Abilio Diniz, homenageado como “o mais global dos varejistas brasileiros”. Diniz apresentou um olhar diferente sobre a crise da covid-19. “Muita gente diz que o mundo não vai ser o mesmo depois da pandemia, mas não é verdade, porque as pessoas vão ser as mesmas”, disse. Para o empresário, não vai existir um dia certo para o fim da pandemia. “A crise vai terminando aos poucos. Mesmo a vacina levará tempo para todas as pessoas tomarem e serem imunizadas. É como um incêndio, que vira fumaça e vai se espalhando aos poucos.”

O Global Retail Show 2020 prossegue diariamente até 19 de setembro. Ao todo, serão 270 palestrantes e 150 horas de conteúdo, com pesquisa e curadoria realizada em 15 países. Para Marcos Gouvêa de Souza, sócio da consultoria de varejo Gouvea, a ideia é ir muito além de um evento virtual alternativo. “Vamos reunir empresas concorrentes no mundo real, com muita diversidade geográfica, para ajudar a pensar de forma global”, disse Gouvêa. “O cenário global que se divide e fecha vai focar sua atenção no elo mais vulnerável e, ao mesmo tempo, mais empoderado dos novos tempos: o  consumidor cidadão do mundo cada vez mais digital, mas também cada vez mais desigual.”

Fonte: Exame

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