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Oi: Enel quer compra rede de fibra da tele, negócio de R$ 11,5 bi

A italiana Enel apresentou proposta para comprar a rede de fibra da Oi. A companhia, que atua em distribuição de energia em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e no Ceará, quer o controle da Infra Co, a empresa de rede de transporte e passagem da qual a Oi será minoritária e cliente. A tele recebeu proposta de 10 interessados, entre os quais estão também a Highline (que também concorre pela Oi Móvel) e fundos de infraestrutura geridos pelo BTG Pactual.

O investimento na Infra Co. demanda um aporte mínimo de entrada de 11,5 bilhões de reais. Esse valor é dividido em 6,5 bilhões de reais por 51% das ações ordinárias da companhia de fibra e mais uma capitalização de 5 bilhões de reais no negócio — sendo que 2,4 bilhões de reais serão usados para pagar dívidas da Oi com credores.

A Enel é a única entre as interessadas pela Oi que pode ser considerada uma operadora desse negócio. O EXAME IN confirmou a informação com três diferentes fontes. Consultada, a companhia disse que não comenta o assunto.

Há grande sinergia entre a estrutura de rede elétrica e de telecomunicações devido ao direito de passagem que as distribuidoras de energia já detêm sobre os postes, o que torna muito mais simples fazer os acessos até as casas dos clientes. O grupo criou um braço internacional nesse ramo, a Enel X, cuja atuação na América Latina é feita por meio da Ufinet. Aqui no Brasil, a operação começou pela compra da Netell, dona de redes em São Paulo e outras regiões, em julho do ano passado. No fim de 2019, mesmo após o negócio, um representante da Ufinet afirmou que estudava a construção de uma rede em São Paulo, em evento realizado pela Anatel.

Os interessados na rede de fibras da Oi entregaram suas propostas à companhia no dia 23. A tele já informou a cada um quem foram os selecionados para a próxima fase, na qual os concorrentes poderão acessar documentos da empresa e, ao final, apresentar uma oferta vinculante — ou seja, com garantia de compra.

Telefônica e TIM Brasil estão adotando modelos semelhantes ao da Oi para suas redes — ou seja, colocaram à venda parte de suas redes de infraestrutura. As companhias podem vender no atacado o acesso a sua infraestrutura, umas às outras e a concorrentes locais menores . A presença de um sócio financeiro dá fôlego para investimentos, uma vez que se trata de um negócio de capital intensivo. O serviço de varejo continuará sendo prestado pelas operadoras. Atualmente, mais de 30% dos acessos de banda larga são fornecidos por provedores regionais, de pequeno porte.

A Oi é a única que colocou à venda o controle, até o momento. O interessado precisa levar no mínimo 51% do capital votante – que será equivalente a pelo menos 25,5% do capital total do negócio, mas pode ser mais conforme cada proposta.

A Telefônica está oferecendo 50% do negócio e manterá a gestão sob seus cuidados. O grupo entendeu também ser mais seguro oferecer ao mercado apenas a rede fora de São Paulo, sua área original de concessão.

Entre as três, a rede da Oi é substancialmente maior: atravessa o país e inclui a última milha em todos os lugares em que atua. A tele não limitou as regiões em que oferece a infraestrutura. Contudo, parte da rede — dos cabos, propriamente — não será vendida, mas sim um contrato de uso deles que funciona quase como propriedade. Trata-se de um contrato conhecido como IRU (irrevocable right of use), algo como direito de uso irrevogável.

A TIM Brasil ainda não definiu um modelo exato, apesar de já contrato de confidencialidade com diversos possíveis interessados. A rede do grupo italiano é a menor entre as três.

Fonte: Exame

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