Após meses de tensão e incerteza, em poucos dias, alguns países já devem começar a imunizar sua população contra o coronavírus.
A Rússia está na frente no processo de imunização da população contra a covid-19. O país lançou nesta sexta-feira, 4, um sistema online de marcação de horários para oferecer o serviço com a vacina Sputnik V. O governo diz que a eficácia da vacina é de 95%, mas o produto tem sido amplamente criticado por ter sua fase de testes incompleta.
Apesar de ainda não estar clara a estratégia da China para vacinar a população, dirigentes vieram a público nesta semana para dizer que a distribuição pode ocorrer até o fim deste mês, segundo agências internacionais.
Há pelo menos quatro tipos de vacina aprovadas para uso antecipado ou limitado no país: CanSinoBIO, Sinovac Biotech, Wuhan Institute of Biological Products e Sinopharm.
O Reino Unido pretende começar a vacinar sua população na semana que vem. O anúncio veio depois de o país aceitar a recomendação da agência reguladora de medicamentos para aprovar a vacina da Pfizer/BioNTech, que tem eficácia do imunizante de 95%, para uso.
O antídoto seguiu meses de testes clínicos rigorosos e segurança, qualidade e eficácia comprovados, segundo autoridade do setor de saúde.
A Pfizer também aguarda o último aval das autoridades de saúde nos Estados Unidos, onde a vacinação também pode começar em dezembro. A vacina da Moderna, com eficácia de 94,5%, está na mesma situação.
Na Europa, além do Reino Unido, Alemanha e Itália também avançam nesse sentido. A Alemanha já prepara centros de vacinação pelo país e deve começar a vacinar parte da população na segunda quinzena de dezembro. Já a Itália disse recentemente que deve começar a campanha no início do ano que vem.
Em novembro, a Comissão Europeia anunciou a compra de 600 milhões de doses de vacina de diversos laboratórios e aguarda apresentação do plano de vacinação dos países do bloco.
E o Brasil?
Foi divulgado nesta semana pelo Ministério da Saúde um cronograma de vacinação no país, que irá privilegiar idosos com 75 anos ou mais, trabalhadores da área de saúde e indígenas.
A pasta diz que pretende começar a vacinação em março, mas ainda não há perspectiva para que o processo se estenda a toda a população até o fim de 2021.
Além disso, nenhuma vacina foi registrada no pais até agora. O aval depende da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte: Exame
