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Outlet digital cresce 50% com descontos de Arezzo e Kopenhagen

Com mais de 100 marcas parceiras, a Privalia nasceu para solucionar um problema: vender pontas de estoque de itens de moda, como roupas e calçados, a cada mudança de estação. Nos últimos anos, se tornou mais que isso: a empresa de outlet digital incorporou novas categorias, como alimentos, bebidas, móveis e itens de decoração. Na pandemia, se tornou uma ferramenta importante para vendedores desovarem os estoques durante o fechamento das lojas. Ganhou novos vendedores, novos clientes e viu o faturamento crescer até 50%.

A Privalia, outlet digital, é como um clube de descontos exclusivo. Para ter acesso às ofertas é preciso se cadastrar e inserir alguns dados. Assim, a empresa tem acesso a informações de comportamento e hábitos de consumo, dados preciosos na era da transformação digital. São 10 milhões de clientes cadastrados. 

Presente há 12 anos no Brasil, a empresa opera como um comércio eletrônico puro. Até então, vendia principalmente marcas de roupas e calçados com desconto. Assim, permite que grandes marcas, como Hering, Arezzo, M.Officer e Ellus, vendam os itens de resto de estoque com desconto, mas sem prejudicar sua imagem ao colocar produtos com preço muito menor em suas lojas próprias ou site. 

As campanhas de desconto, que ficam no ar por cerca de uma semana, são combinadas em conjunto com as marcas parceiras. São até 400 campanhas diferentes todos os meses. “Podemos ofertar os descontos sem que isso cause ruído no posicionamento da marca, que conseguem cobrar o preço cheio em seus canais de venda”, diz Fernando Boscolo, presidente da Privalia.

Por conta do aumento das compras pela internet, da busca maior de itens com desconto e até da entrada de novas marcas na plataforma, a Privalia ganhou 400.000 consumidores novos nos últimos meses, alta de 70%. De abril para julho, a receita cresceu 52% em relação ao mesmo período do ano passado. O número de pedidos quase triplicou: chegou a 500.000 por mês, alta de 177%. 

No ano, a alta deve ser de 30%. Até agora, ela já faturou 921 milhões de reais no ano – ante 700 milhões de reais no mesmo período do ano passado. A previsão é fechar 2020 com 1,2 bilhão de reais em faturamento, ante 944 milhões de reais no ano passado. 

Novas categorias

Há cerca de um ano e meio, a empresa começou a atuar em outros segmentos além da moda, como móveis, objetos de decoração, alimentos e bebidas. Quando a pandemia chegou ao Brasil, essas vendas foram essenciais, tanto para as marcas quanto para os consumidores.

Se antes as pessoas compravam poucas categorias de produtos pela internet – e deixavam a maior parte das compras para as lojas físicas – hoje esse hábito mudou. Na Privalia, móveis e objetivos de decoração passaram de 15% para 35% das vendas e alimentos e bebidas passaram a representar 6% das vendas, contra 2% antes da pandemia.

“Vamos continuar com uma curadoria das marcas que fazem sentido para os nossos consumidores, mas fomos atrás de itens que as pessoas precisavam e queriam comprar”, diz Boscolo. Livros e objetos de decoração são um exemplo. 

Para os vendedores, essas categorias também foram relevantes já que, com as lojas fechadas, precisavam encontrar canais novos para vender seus estoques. Durante a pandemia, pela primeira vez a Privalia vendeu chocolates em sua plataforma, por meio de uma parceria com a Kopenhagen para a venda de ovos de Páscoa.

Produtos novos

Embora a companha venda essencialmente sobras de estoque das marcas, há alguns meses começou a vender produtos novos – e feitos com exclusividade para a plataforma. “Estoque tem um giro anticíclico. Em um primeiro momento há estoque de sobra, as marcas reagem produzindo menos e acaba faltando produto para a nossa plataforma”, diz Boscolo. 

É o caso de alguns móveis como sofás, produzidos sob encomenda. Segundo o presidente, é uma maneira das fábricas de móveis reduzirem sua ociosidade e gerarem receitas extras e, assim, diluírem os custos fixos. 

Com essas mudanças, a Privalia se tornou uma das cinco unidades mais rentáveis do grupo Vente-Privee, grupo com 6.000 funcionários e vendas de 3,7 bilhões de euros em 2018. A empresa está em outros 14 países, mas o Brasil é o único fora da Europa a fazer parte. 

Fonte: Exame

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