A China registrou forte crescimento no comércio, enquanto outras grandes economias ainda lutam com o impacto do novo coronavírus.
As exportações chinesas em setembro aumentaram 9,9%, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados oficiais — foi o quarto mês seguido de alta. Já as importações cresceram 13,2%, após uma queda de 2,1% em agosto.
O aumento das importações reduziu o superávit comercial (diferença entre valores exportados e importados) da China, de US$ 59 bilhões (R$ 390 bilhões) em agosto para US$ 37 bilhões (R$ 245 bilhões). Ainda assim, esse valor representa um crescimento de 6,6% em relação a setembro de 2019.
O que levou à recuperação da China?
A China foi o primeiro país a registrar contágio pelo vírus e relatou seus primeiros casos de covid-19 no final do ano passado.
A segunda maior economia do mundo experimentou um declínio acentuado nos primeiros três meses de 2020 em meio a medidas rígidas de isolamento, antes de se recuperar em julho.
Analistas dizem que a recuperação desde então foi impulsionada por um aumento na demanda internacional por eletrônicos, aparelhos médicos e têxteis, incluindo equipamentos de proteção individual.
No entanto, eles alertam que parte dessa demanda pode começar a cair.
Ao mesmo tempo, foi revelado em agosto que a economia japonesa sofreu o maior encolhimento já registrado, em parte devido à queda nas exportações. A economia dos Estados Unidos teve em julho sua maior contração em décadas.
FMI reviu suas projeções
Enquanto isso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) está prevendo uma recessão da economia global um pouco menos severa do que havia apontado em junho.
Mas o FMI diz que a economia global ainda está em recessão profunda e que o risco de um resultado pior do que em sua nova previsão é “considerável”.
A economia global deve encolher 4,4%, abaixo dos 4,9% divulgados pelo FMI há quatro meses. Em 2021, deve se recuperar e crescer 5,2% — abaixo da expansão de 5,4% que a instituição previu em junho.
A avaliação ligeiramente menos sombria reflete o fato de que as desacelerações de várias economias desenvolvidas no segundo trimestre deste ano foram menos severas do que o FMI esperava.
O retorno ao crescimento na China também foi mais forte do que o esperado.
O maior parceiro comercial chinês é a Associação das Nações do Sudeste Asiático, que inclui Malásia e Cingapura, seguida por União Europeia e Estados Unidos.
Fonte: BBC