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Pandemia levou consumidores a buscar preço e estimulou setor, diz CEO do Assaí

O ano de 2020 foi especial para a rede de atacarejo Assaí, que registrou crescimento e expansão durante a pandemia da covid-19, apesar da crise por que passa a economia brasileira. 

No último trimestre de 2020, o faturamento cresceu 33%. No ano, ele foi 30%, resultando em R$ 39,4 bilhões. O EBITDA ajustado nos últimos três meses foi de R$ 879 milhões e, no ano, foi de R$ 2,7 bilhões, com incremento de R$ 750 milhões, e margem de 7,5%, com avanço de +0,5 p.p. Segundo a empresa, os dados reforçam a melhora operacional progressiva.

Parte do Grupo Pão de Açúcar, o Assaí abriu 19 lojas no passado, apenas duas abaixo do previsto, e está focado em melhorar a experiência de compra do cliente que vai às lojas.

Em entrevista à EXAME, o CEO da empresa afirma que os preços baixos ainda são o principal mote que atrai o cliente à rede de supermercados, mas é necessário investir em atendimento e no ambiente das lojas.

Na visão de Belmiro Gomes, a crise econômica causada pela pandemia e o isolamento social também estimularam a busca por lojas com preços competitivos e pela alimentação em casa.

Nesta segunda-feira, as ações do grupo estreiam na B3 de forma independente do grupo GPA, com o símbolo (ASAI3). Agora, o Pão de Açúcar ficará reconhecido na bolsa por (PCAR3).

Qual o relacionamento do faturamento com a pandemia?

Tem um impacto da pandemia, com desvalorização do real e dos preços das commodities agrícolas. Isso levou a uma alta nos valores das vendas, então tem a ver com a alta inflacionária. E como nós somos um setor de menor preço, na percepção de crise tem mais consumidor vindo buscar produtos. O Assaí tem uma taxa elevada nos últimos 10 anos enquanto o pequeno comerciante não consegue tanto.

A abertura das novas lojas também tem colaborado nesse aumento?

Sim. Quando desdobramos esse crescimento no quarto trimestre, dos 33%, 20% são das novas lojas e 13% são do total. É uma expansão orgânica muito forte. Na verdade, a expansão se deu principalmente pela abertura de novas lojas.

As expansões futuras pretendem replicar o modelo atual ou testar novas formas de consumo?

O objetivo principal é colocar o Assaí em cidades em que a gente ainda não está presente ou em cidades que só tem uma só e tem competições mais. A gente segue o modelo e faz eventuais ajustes. O modelo de atacarejo brasileiro vem evoluindo para a gente melhorar a experiência de compra, não ficar dependendo somente da política de preço baixo.

O que tem sido pensado em automatização das compras e redução de ruídos nos processos de pagamentos?

A gente tem trabalhado muito em melhorar a experiência de compra, mantendo o preço baixo, como iluminação, número de funcionário, sortimento de produtos perecíveis.

Como o Assaí vê o trabalho remoto no pós-pandemia, levando em conta o setor de supermercados?

A maior parte dos nossos colaboradores operam in loco. Dos 50 mil, 1.400 são das áreas administrativas. Os outros 48.600, durante 2020, ficaram na linha de frente e esse foi um grande desafio, o cuidado com a saúde deles. Eles não têm como trabalhar de casa. Nas áreas administrativas, a gente adotou o home-office, mas ainda não dá para afirmar que é uma tendência definitiva. Hoje, uns 40% estão em home-office ainda.

Quais são as expectativas para cisão com o GPA na B3?

Na prática a operação e administração das empresas já funcionavam de forma diferente. Elas têm diferenças grandes nos modelos, logística, marketing, operação. Como não tem oferta secundária, não tem entrada de caixa. O Assaí sempre teve geração de caixa sustentável, mas quais são as vantagens desse movimento?

Com o Assaí ficando maior que o próprio GPA, quando ela está abaixo de uma companhia menor você acaba não precificado no mercado financeiro de forma acabada, da forma correta. Além disso, o investidor às vezes não quer investir no varejo, mas apenas no atacarejo, no cash and care.

Fonte: Exame

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