A startup, estruturada ao longo dos últimos seis meses, chega ao mercado com um cheque de R$ 5 milhões. A rodada seed foi liderada pela VEC Investments
Fernando Domingues enfrenta um novo desafio: lançar sua terceira empresa no mercado de saúde. Aos 28 anos, esse jovem empreendedor é cofundador das startups Conexa Saúde, reconhecida pela sua proposta de telemedicina, e Cannect Life, uma plataforma digital para cannabis medicinal.
A mais recente empreitada chama-se Omni e consiste em um plano de medicamentos que as empresas podem oferecer aos seus funcionários como um benefício, assim como ocorre com os planos de saúde e odontológico.
Após seis meses de estruturação, a startup chega ao mercado com um financiamento inicial de R$ 5 milhões. A rodada seed foi liderada pela VEC Investments e contou com a participação de executivos com vasta experiência em empresas do setor de saúde, tais como:
- Arthur Farme, ex-CFO da SulAmérica
- Roberto Botelho, presidente da fundação Adib Jatene
- Mário Chady, empreendedor Endeavor e cofundador do Grupo Trigo
- Jorge Oliveira, representante da Unimed Nacional e Amigo Pet Massanori Shibata Jr., VP de serviços da Petz
- Paulo Yoo, do Einstein
- Celso Kiperman, presidente executivo da A+Educação
A inspiração para esse projeto veio da experiência de Domingues com a Cannect, um marketplace que ele criou em 2021 ao lado de Allan Paiotti, ex-diretor do Hospital Oswaldo Cruz. Essa healthtech conecta pacientes, médicos e fabricantes de produtos à base de cannabis medicinal e já recebeu mais de R$ 40 milhões em investimentos.
“Nos últimos dois anos, começamos a compreender como esse mundo dos medicamentos funciona e quais são as lacunas nos planos de benefícios e medicamentos. Não foi algo que surgiu do nada”, afirma Domingues. Para lançar a Omni, o empreendedor está repetindo a mesma estratégia que usou quando saiu da operação da Conexa Saúde. Ele mantém sua participação no negócio, entra para o conselho e deixa a liderança com seu sócio.
Embora nunca tenha frequentado as salas de aula de medicina, Domingues sempre esteve envolvido no setor de saúde por ter crescido em uma família de médicos. Seu pai, Romeo Cortês Domingues, é co-presidente do conselho de administração da Dasa.
Como a Omni funciona:
Nesse novo empreendimento, Domingues conta com Leopoldo Veras como seu sócio, um profissional com mais de 25 anos de experiência em gestão de saúde e passagens por empresas como Bradesco Seguros, Qualicorp e ePharma.
Logo após o lançamento da startup no mercado, eles já estão pensando nos próximos passos. A expectativa é realizar uma rodada de financiamento série A em um prazo de 12 a 18 meses, captando entre 5 e 10 milhões de dólares. Para que os números sejam alcançados, a empresa pretende conquistar uma carteira com mais de 50 mil beneficiários nos próximos meses.
O primeiro cliente da Omni é o Grupo Trigo, uma holding que administra estabelecimentos como Gurumê, China In Box, Koni Store, LeBonton e Spoleto. A proposta da Omni Saúde é focar em grandes empresas, oferecendo o benefício a companhias com mais de 1000 funcionários.
Assim como nos convênios médicos, as empresas escolhem entre três modalidades disponíveis: genéricos tarjados, genéricos e medicamentos de marca tarjados, ou todos os medicamentos, e determinam o valor que os funcionários podem utilizar mensalmente.
Os funcionários têm a liberdade de utilizar o benefício em qualquer farmácia do país e adquirir os medicamentos prescritos tanto em lojas físicas quanto por canais digitais, através de um aplicativo que a startup promete lançar no início de julho.
Fonte: Exame