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População dos EUA cresce em ritmo mais lento desde década de 1930

O crescimento da população dos Estados Unidos caiu drasticamente na última década para o segundo ritmo mais lento da história, informou o Departamento de Censo americano na segunda-feira, 26, depois que a forte repressão de Donald Trump quase parou a imigração.

A contagem oficial ao longo de dez anos estimou que 331.449.281 pessoas viviam no terceiro país mais populoso do mundo, em 1º de abril de 2020. Isso representou um aumento de 7,4% em relação a 2010, quando a população oficial era de 308.745.538 habitantes, informou o Census Bureau.

A expansão em dez anos foi significativamente mais lenta do que na década anterior, quando a população cresceu 9,7%, e mal ultrapassou o recorde de 7,3% entre 1930 e 1940, quando os Estados Unidos e o mundo estavam imersos na Grande Depressão.

A taxa de crescimento populacional se acelerou com a explosão de nascimentos dos baby boomers após a Segunda Guerra Mundial, mas está em um declínio constante desde o início dos anos 1950.

Isso só foi interrompido por alguns anos na década de 1990, quando milhões de migrantes, a maioria mexicanos, entraram no país sem documentos e ficaram. Desde então, os dados mostram que a queda foi acentuada.

Na última década, os pesquisadores disseram que a profunda recessão econômica desde a crise financeira de 2008 contribuiu para a desaceleração, com uma taxa de natalidade mais baixa e com muitos migrantes mexicanos retornando ao seu país.

Além disso, depois de se tornar presidente em 2017, Trump procurou reduzir drasticamente a imigração legal e interromper completamente a ilegal.

Desde 2010, a região que apresentou o maior crescimento foi o Sul, seguido pelo Oeste. O árido e altamente desértico Utah, no Oeste, teve a população de crescimento mais rápido dos 50 estados, apresentando alta de 18,4%, enquanto a montanhosa West Virginia, no leste, teve queda de 3,2%.

O Census Bureau divulgou apenas os números gerais do país e dos estados individuais nesta segunda-feira para servir de base para a redistribuição de assentos na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, com 435 membros.

Ao todo, 13 estados ganharão ou perderão assentos, com a Califórnia — o mais populoso — perdendo um de seus 53, enquanto o Texas, o segundo maior, ganhando dois além dos atuais 36.

Outros que ganharam um assento são Colorado, Montana, Carolina do Norte e Oregon. Que perderam foram Illinois, Michigan, Nova York, Ohio, Pensilvânia e West Virginia.

Estes resultados não afetam a distribuição das cadeiras no Senado americano, já que cada estado tem dois representantes na casa independentemente da população.

Além de ser usado para redefinir assentos na Câmara e mudar o peso de cada estado no Colégio Eleitoral — um corpo de 538 delegados que tem a palavra final sobre quem vence a eleição presidencial —, o censo é importante para a distribuição de bilhões de dólares em fundos federais. Ele também é fundamental para o planejamento estadual e local em muitas áreas, desde escolas até habitação e hospitais.

O censo foi realizado sob uma névoa política, com Trump tentando reverter a prática anterior e forçar a agência a não contar residentes sem documentos ou residentes não cidadãos.

Acredita-se que sua pressão contra a imigração também tenha deixado muitas pessoas com medo de responder aos recenseadores.

O censo também foi prejudicado pela pandemia de covid-19. “Tentar contar pessoas em uma pandemia global tornou tudo ainda mais desafiador”, explica Ron Jarmin, diretor interino do Census Bureau.

O departamento planeja divulgar detalhes sobre idade, raça e outras características da população nos próximos meses.

Estadão Conteúdo

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