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Por que a gasolina deve ficar mais cara a partir de agosto no Brasil

Com as novas especificações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a gasolina produzida e comercializada no mercado interno, a partir de agosto, o brasileiro terá à disposição um combustível mais eficiente e com menos emissões. Porém, a melhora da qualidade deve trazer aumento de preços – ao menos no curto prazo.

Publicada em janeiro, a resolução deu prazo até 3 de agosto para os produtores de combustíveis se adequarem às regras. Com a revisão das especificações, a gasolina se adequará aos padrões dos Estados Unidos e da Europa.

Atualmente, somente a Petrobras produz gasolina em seu parque de refino no país. Ela pode importar o insumo, dependendo da sua estratégia de custos em determinado período.

De acordo com Lavinia Hollanda, fundadora e diretora executiva da consultoria Escopo Energia, ajustes no parque de refino levam um certo tempo. Em uma refinaria, a produção é geralmente direcionada para escoar produtos mais nobres, como gasolina, diesel e querosene de aviação e redesenhar este processo todo pode levar ao aumento de custos.

“Em um primeiro momento, o consumidor vai ver um preço maior na bomba. Porém, ao longo do tempo, ele vai perceber que precisará reabastecer menos, porque a nova gasolina é mais eficiente”, diz a especialista.

De acordo com a ANP, a iniciativa é resultado de estudos e pesquisas dos padrões de qualidade internacionais, “bem como de amplos debates com os agentes econômicos do mercado de combustíveis”.

Conforme a autarquia, a mudança nas especificações se mostra necessária também pelas novas tecnologias de motores, o que “resultará em uma gasolina com maior desempenho para o veículo”.

A agência reguladora esclarece que a nova gasolina atende aos atuais requisitos de consumo de combustível dos veículos e de níveis de emissões progressivamente mais rigorosos, considerando programas de controle de emissões do governo para os próximos anos.

Segundo Hollanda, o aumento da exigência por parte da ANP em relação à octanagem do combustível é exatamente o papel da autarquia. “A partir de agora, a gasolina precisará ter uma qualidade mínima no Brasil, a função da ANP é disciplinar o mercado.”

Para ela, a decisão chega um pouco atrasada na comparação com países da Europa e os Estados Unidos. “Estamos atrasados devido ao custo de produção de um combustível de melhor qualidade. Mas o que o consumidor pagar a mais vai se traduzir em eficiência.”

Procurada pela reportagem da EXAME, a Petrobras informou por meio de nota que a nova formulação da gasolina “permite uma redução de 4 a 6% do consumo do combustível nos motores” e que esse ganho de rendimento “compensa a diferença de preço da gasolina, porque o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro”.

Segundo a petroleira, embora a nova gasolina apresente um custo de produção maior, não é isso que determina o preço final, que é “definido pela cotação de mercado e outras variáveis como valor do barril, frete e câmbio”.

A companhia acrescenta ser responsável por apenas 28% do preço final da gasolina na bomba, sendo as demais parcelas compostas por tributos, preço do etanol adicionado e margens das distribuidoras e revendedores.

Fonte: Exame

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