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Quem assume a Eletrobras? Sucessor pode ser tiro de misericórdia na privatização

Com a saída do atual presidente, Wilson Ferreira Júnior, marcada para 5 de março, a Eletrobras fica em uma situação delicada. A depender de quem ocupar o cargo no lugar do executivo, a sinalização para o mercado pode ser ainda mais pessimista do que a renúncia, anunciada na segunda-feira, 25, em meio a um cenário de crescente dificuldade na privatização da estatal.

Se for nomeado um indicado político, para agradar o Centrão, a mensagem será que a privatização dificilmente sairá, já que o Congresso tem se mostrado bastante resistente desde o início da discussão. Além disso, com a proximidade das eleições de 2022, os parlamentares tendem a evitar ainda mais assuntos impopulares, como a venda de uma estatal da dimensão da Eletrobras.

Um presidente que venha de dentro do Congresso pode reforçar ideias contrárias à privatização, além de mostrar pouco comprometimento do governo em tocá-la. Para sinalizar que a intenção de vender a estatal ainda existe, a opção mais segura seria colocar um nome técnico, de dentro da empresa, como sugeriu Ferreira Jr. “Temos quadro para isso”, disse, em conferência, na segunda-feira, 25.

O executivo afirmou que a administração da companhia ainda pretendia contratar uma consultoria de headhunter para avaliar outras opções no mercado. Ferreira Jr. também apontou nomes que têm condições de substituí-lo dentro do quadro atual da Eletrobras, como a diretora Financeira e de Relações com Investidores, Elvira Cavalcanti Presta. A equipe econômica também aposta em uma solução mais técnica e em defesa da privatização, mas esbarra em visões diferentes dentro do governo.

O presidente Jair Bolsonaro pode optar por um militar, como o presidente do conselho da Eletrobras, Ruy Flaks Schneider, que é oficial de reserva da Marinha. Na área política, surge o nome do atual ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que também é militar. A ideia, nesse caso, seria colocar no ministério o senador Eduardo Braga (MDB-AM), abertamente contrário à privatização da estatal. A mudança faria parte das negociações pelas presidências do Senado e da Câmara.

Na semana passada, o candidato apoiado pelo Planalto no Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou em entrevista ao Estadão que não havia garantia quanto à privatização da Eletrobras e que qualquer venda de estatal deveria ser feita sem uma lógica de “entreguismo sem critério“. A declaração teria sido um dos motivos para a renúncia de Ferreira Jr., com o agravante da falta de posicionamento do presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto.

A atuação de Bolsonaro para viabilizar a privatização é tão importante quanto o nome que estiver à frente da empresa a partir de março. “Para ter o reforço dessa mensagem (de capitalização), é importante que Bolsonaro se envolva”, afirmou Ferreira Jr., na conferência em que anunciou a saída. A Eletrobras é uma estatal cobiçada no mundo político, por ter salários altos e capilaridade pelo Brasil inteiro, chegando a várias bases eleitorais.

Fonte: Exame

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