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Real é afetado por ‘ruído político’, diz Guedes

O real tem sido atingido pela incerteza de investidores em relação às eleições presidenciais de 2022, mesmo com o aumento dos juros pelo Banco Central, forte crescimento econômico e déficit fiscal em queda, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O dólar subiu 10% frente ao real no acumulado do segundo semestre, o que deixa a moeda brasileira com o pior desempenho entre mercados emergentes depois do peso chileno. Mas, segundo Guedes, as causas são políticas, e não econômicas, disse em entrevista à Bloomberg Television na terça-feira.

“Há muito ruído político”, disse Guedes. “Entendemos isso. É uma democracia muito vibrante.”

Pesquisa do Datafolha publicada no mês passado mostra que Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), derrotaria o presidente Jair Bolsonaro por 56% a 31% em um segundo turno das eleições presidenciais em outubro do próximo ano.

A popularidade de Bolsonaro foi atingida nas últimas semanas pelo aumento dos preços ao consumidor que, de acordo com Guedes, é agora a questão mais urgente da economia.

“O crescimento não será o problema”, disse. “O problema é a inflação.”

O IPCA se acelerou para 10,3% no acumulado em 12 meses, o ritmo mais rápido em mais de cinco anos. O BC elevou a Selic em 4,25 pontos percentuais este ano para tentar frear a alta dos preços e sinalizou que os juros podem subir ainda mais.

‘Forte recuperação’

A inflação disparou nos mercados emergentes com a flexibilização das restrições da pandemia e reabertura das economias, mas o Brasil está entre os mais atingidos sob o impacto da crise hídrica, que elevou as tarifas das contas de luz. Cerca da metade do ganho da inflação foi causada pelos custos de alimentos e energia, disse Guedes.

A economia vai crescer 5,5% este ano em uma “recuperação muito forte”, graças à campanha de vacinação no país, disse Guedes. A retomada também é impulsionada pelo investimento estrangeiro estimulado por mudanças regulatórias em setores como petróleo, gás e aeroportos, afirmou.

O déficit fiscal primário deve encolher para 1,5% do PIB e ficar próximo a zero no próximo ano, disse o ministro, acrescentando que o governo estenderá o auxílio emergencial apenas se surgir uma nova variante do coronavírus.

Fonte: Bloomberg

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