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Sity, o “Uber brasileiro”, vai cobrar R$ 6 por corridas de até 10 km

Expandir um negócio de transporte por aplicativo em 2020 parecia uma tarefa impossível. Com a pandemia do novo coronavírus, a circulação de pessoas caiu e mesmo a Uber, empresa sinônimo da categoria, viu seu negócio cair 80% globalmente.

Mas uma startup brasileira conseguiu ir na contramão da crise e levar sua operação de 12 para 104 cidades do país. A paulista Sity, fundada em 2017, agora anuncia o lançamento de uma nova categoria de viagens para atrair mais clientes, o Sity X.

A nova modalidade de corridas da empresa não se diferencia das demais pelo tipo de carro oferecido ou o número de passageiros permitidos, mas sim pelo preço. O Sity X chega com a proposta de que qualquer viagem de até 10 quilômetros custe apenas seis reais.

Segundo o fundador Fernando Ângelo, o objetivo da nova estratégia é conquistar mais usuários e democratizar o acesso ao serviço de transporte por aplicativo. “Uma corrida de seis reais dividida entre duas pessoas fica mais barata que tomar um ônibus em São Paulo”, afirma Ângelo.

O modelo foi inspirado na americana Via, fundada em 2012, que oferece corridas compartilhadas em vans por um preço fixo. Ao estudar formas de trazer o modelo para o Brasil, a Sity decidiu focar em carros de passeio e em um cliente por vez.

Segundo o fundador, apesar de a tarifa de seis reais ser baixa, ela não prejudicaria o motorista. “As corridas em média são de dois a quatro quilômetros. Se elas fossem feitas em outro aplicativo, custariam sete reais, mas os motoristas receberiam bem menos por conta das taxas. Na Sity, eles podem receber o valor integral”, diz o fundador.

A isenção da tarifa acontece devido a uma parceria que a startup fechou com o Banco Pan para oferecer contas digitais aos parceiros. Os motoristas que criam uma conta com o banco podem dirigir sem pagar nada à Sity por três meses. O bônus pode ser estendido por mais tempo caso eles cumpram “missões”, como realizar mais de 100 corridas por mês.

A cada 100 viagens realizadas, a startup também oferece uma remuneração mínima de 1.200 reais para estimular os motoristas parceiros. Hoje, a empresa tem uma base de 45.000 motoristas ativos e mais de 100.000 passageiros cadastrados na sua plataforma.

A rota para o crescimento do negócio, que já opera nas principais cidades do país, passa obrigatoriamente por aumentar simultaneamente a base de parceiros e de consumidores — afinal os motoristas precisam de demanda constante e os clientes não querem esperar muito tempo por um carro.

O valor fixo de seis reais por corrida e a ausência da tarifa dinâmica (que aumenta as taxas conforme a demanda na região) foram as formas que a Sity encontrou de brigar pela atenção do usuário em um mercado que está acostumado a ofertar cupons de desconto para atrair o cliente.

A meta da empresa, com a nova estratégia, é terminar o ano com 2 milhões de usuários ativos. Em doze meses, o plano é chegar a 7 milhões de clientes e 400.000 motoristas. “Com o Sity X, queremos que a Sity seja a primeira opção das pessoas na hora de pedir um carro”, diz Ângelo.

Trajetória da empresa

Hoje aos 31 anos, Ângelo chegou à cidade de São Paulo aos 18, vindo de Ourinhos, no interior do estado. Ele diz sempre ter tido o sonho de ser empreendedor. Desde então, entre empregos de garçom e vendedor na rua, chegou a ser dono de uma transportadora antes de fundar a Sity no início de 2017.

O empresário afirma que, apesar da concorrência alta com Uber, 99 e Cabify, decidiu criar a Sity após perceber, em conversas com motoristas de aplicativos, uma carência desses profissionais por um melhor atendimento por parte dos apps.

A startup brasileira dá mais controle ao motorista: ele pode ver uma selfie do passageiro, o ponto de destino e o meio de pagamento escolhido antes de decidir ou não aceitar uma corrida. As tarifas praticadas pela empresa, que variam de zero a 20%, também são um atrativo.

Diferente das competidoras globais, com capital aberto e apoio de fundos gigantescos, como o SoftBank, a Sity se mantém ainda sem investidores externos. Ângelo afirma que tem negociações com fundos, mas que o fluxo de caixa da empresa já é positivo.

“Queremos ser o Nubank dos aplicativos”, diz o fundador, fazendo referência ao fato de que a fintech conseguiu entrar em um mercado dominado por gigantes.

Fonte: Exame

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