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“Small caps” força motriz da bolsa em 2019

Ações de companhias menores, chamadas de “small caps” foram a força motriz da bolsa no ano passado e devem continuar em alta neste ano

O Ibovespa, índice que reúne as empresas mais negociadas da bolsa brasileira, subiu mais de 30% no ano passado. Mas menos da metade dessa alta foi puxada pelas 10 ações de maior peso nessa seleção. Dos 31,5% de valorização do principal índice da B3, apenas 13,29 pontos percentuais vieram desses papéis.

Segundo especialistas, a força motriz da bolsa no ano passado veio de empresas de menor capitalização. Com os juros mais baixos e a retomada, ainda que gradual, do emprego e do consumo, ações de companhias ligadas à economia doméstica (como varejistas, construtoras e prestadoras de serviços) se valorizaram mais do que aquelas com mais peso no índice.

As ações de maior participação no Ibovespa são popularmente conhecidas como “blue chips”. Elas são aquelas mais negociadas e que movimentaram mais dinheiro com suas compras e vendas. A cada quatro meses, a bolsa analisa a composição do índice para avaliar quais empresas devem entrar e sair e quanto cada uma terá de participação no indicador.

Ao longo de 2019, por exemplo, 11 papéis estiveram entre os 10 de maior pesoItaú PN, Vale ON, Bradesco PN, Petrobras PN, Petrobras ON, Ambev ON, Banco do Brasil ON, Itaúsa PN, B3 ON e Lojas Renner ON. Ao longo dos três quadrimestres de 2019, o peso das “top 10” no Ibovespa variou entre 55% e pouco mais de 60%

Destes, porém, apenas quatro subiram mais que o Ibovespa ao longo do ano: JBS, com valorização de 122,6%; a própria B3, com alta de 63,3%, Lojas Renner, que subiu 47,% e Petrobras (PN), com 36,8%.

Alta dos papéis com maior participação do Ibovespa em 2019

Ação Valorização no ano
JBS ON 122,6%
B3 ON 63,3%
Lojas Renner ON 47,5%
Petrobras PN 36,8%
Petrobras ON 27,8%
Itaúsa PN 27,4%
Ambev ON 24,1%
Bradesco PN 19,0%
Banco do Brasil ON 18,7%
Itaú PN 12,6%
Vale ON 6,9%

Fonte: Valor Data

Dentre as 10 maiores altas do ano, apenas a JBS aparece.

“As empresas chamadas de ‘small caps’ subiram muito mais do que amédia. Magazine Luiza teve alta de 112%, Via Varejo subiu 154%. Elas tiveram um protagonismo maior. Por isso, as blue chips não se destacaram tanto”, explica Flávio Byron, sócio da Guelt Investimentos.

10 maiores altas do Ibovespa em 2019

Qualicorp ON 243,1%
BTG Pactual ON 233,5%
Via Varejo ON 154,4%
Totvs ON 139,7%
Notre Dame Intermedica ON 135,8%
JBS ON 122,6%
SulAmérica UNT 115,2%
Cosan ON 112,5%
Magazine Luiza ON 112,2%
Hapvida ON 106,4%

Fonte: Valor Data

A perspectiva, para os analistas, é que as small caps continuem em alta em 2020. A avaliação é de que como o ano passado foi marcado por períodos de incerteza, como a discussão da aprovação da reforma da Previdência, a retomada econômica não foi tão acelerada, o que deve acontecer neste ano.

Eles apostam, no entanto, que algumas ‘blue chips’ que “patinaram” ao longo de 2019 podem engrenar neste ano, o que pode deixar a alta do Ibovespa ainda maior.

“Temos uma visão positiva para Vale e Petrobras, que podem liderar o movimento de reaquecimento das ‘blue chips’. Com isso, a gente pode ter, pelo menos, mesmo crescimento do ano passado”, afirma Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Sem considerar o risco de uma crise maior decorrente da contaminação pelo coronavírus (que não estava no radar até dias atrás), o palpite majoritário no mercado era de que a demanda da China por minério de ferro continue alta, o que beneficia a Vale. E com a tragédia de Brumadinho, o preço da commodity aumentou, o que pode ser mais um estímulo para os papéis da mineradora. “A empresa ainda vai pagar dividendos, mais pessoas vão querer comprar. Acreditamos na alta do papel”, afirma Byron, da Guelt.

Para a Petrobras, a aposta é que a venda das ações da empresa que pertencem ao BNDES podem representar uma alta. “A companhia terá menos gerência do governo, então tende a ter uma performance maior”, afirma Byron.

Segundo os especialistas, o investidor pessoa física da bolsa pode continuar apostando tanto em fundos quanto em ETF’s que replicam índices da bolsa.

“Nós, que somos analistas, passamos um tempo muito grande analisando cada papel. Um investidor fazer isso para escolher as melhores ações seria um trabalho exaustivo, que levaria muito tempo. O ideal é escolher um bom fundo, com gestores que estão ali para fazer essa seleção de forma profissional. Ou até mesmo um fundo de índice, como do Ibovespa”, afirma Arbetman, da Ativa.

Fonte: https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/bolsas-e-indices/noticia/

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