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Tambasa, gigante do atacado, prepara IPO bilionário

A Tambasa – o terceiro maior atacadista do Brasil – virá ao mercado no início de 2022 com um IPO que pretende levantar mais de R$ 2 bilhões, fontes a par dos planos disseram ao Brazil Journal.

Os coordenadores são XP (líder), Itaú BBA e Bank of America, e o pricing está previsto para a primeira metade de fevereiro.

A oferta terá um componente primário e uma tranche secundária.

Ao contrário do Assaí ou do Grupo Martins, a Tambasa não vende alimentos. O forte da empresa são itens para reforma e construção – como pregos, fios e carrinhos de obra – itens para o lar, e insumos para agropecuárias do interior do Brasil – produtos como arame farpado e enxadas. A companhia também vende peças para carros e motos e artigos pet e veterinários.

A maioria dos clientes são pequenos varejistas que compram produtos fracionados da Tambasa, bem como varejistas de médio e grande porte, e distribuidores regionais.

Os números parciais publicados sugerem que a empresa caminha para fazer uma receita líquida de R$ 4 bi este ano e um EBITDA de R$ 1 bilhão.

Com origem na pequena Ponte Nova, Minas Gerais, em 1949, a Sociedade Comercial Miguel Bartolomeu foi fundada por um mascate do mesmo nome, um jovem sapateiro que saiu de casa aos 20 anos, segundo a empresa, “com um pé de ferro, um pedaço de couro e um sonho de vencer na vida.”

Bartolomeu venceu. A empresa nasceu como uma varejista familiar e só passou a operar no atacado no final dos anos 60 sob o nome Tambasa – acrônimo para Tecidos e Armarinhos Miguel Bartolomeu SA.

Nos últimos 20 anos, a Tambasa aumenta seu faturamento a uma taxa média composta de 16% ao ano, um crescimento que acelerou para 21% ao ano nos últimos três anos.

A companhia tem um centro de distribuição em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, e 22 hubs logísticos espalhados pelo País. Estes hubs funcionam como um cross-docking — ali não se armazenam cargas, elas são apenas colocadas em caminhões para atender o trajeto final de cada entrega.

Os mais de 780 caminhões (todos terceirizados) chegam a 237 mil clientes em 95% dos municípios brasileiros.

Metade da receita da companhia vem dos estados de Minas Gerais e Bahia, com São Paulo o terceiro maior mercado e representando apenas 7,5% das vendas.

A margem líquida da companhia – historicamente ao redor de 6,5% – subiu para 7,5%, 8,7% e 10% nos últimos três anos, uma margem substancialmente acima dos players de atacarejo.

Ao que tudo indica, este diferencial de margem tem a ver com o mix de produtos e investimentos históricos da empresa em tecnologia: há mais de 20 anos os vendedores da Tambasa trabalham com palmtop devices.

A companhia também tem um dos CDs mais tecnológicos do Brasil. Ali, tudo é pensado para otimizar o tempo e reduzir as perdas.

Um software calcula o tamanho exato da caixa que vai levar cada pedido. Quando a caixa está 75% cheia, uma máquina dobra os 25% restantes para que a caixa não carregue ar, economizando espaço no frete. O sistema também diz a posição de cada carga dentro do caminhão, tanto para otimizar o espaço (o caminhão viaja completamente cheio) quanto para determinar a ordem de desembarque de cada carga.

Tocada pelos netos do fundador, a Tambasa é comandada por um comitê executivo de quatro primos que trabalham juntos há mais de 30 anos e se reúnem semanalmente. Um dos quatro membros é o CEO Alberto Portugal de Azevedo.

A companhia tem uma nova fronteira de crescimento: sua pequena operação de atacarejo hoje tem apenas duas lojas e representa apenas 5% de sua receita.

Mas a Tambasa já descobriu que – colocados lado a lado – seu atacarejo (que também não vende alimentos) complementa e turbina o negócio de empresas como Assaí, Grupo Mateus e Atacadão. A Tambasa já mapeou as cidades onde hoje tem pouca penetração como atacadista, e pretende fechar parcerias com essas outras redes para abrir lojas ao lado delas – supostamente um ‘win win’ para ambos os lados.

Fonte: Brazil Journal

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