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Trump diz que vai ‘negociar’ terceiro mandato nos EUA porque ‘é seu direito’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pretende “negociar” para disputar novamente as eleições em 2024 caso seja reeleito em novembro, quando vai disputar a reeleição contra Joe Biden, do partido Democrata.

Foi a segunda ameaça em algumas semanas por parte do Republicano de tentar driblar a regra da Constituição do país que impede que um presidente fique mais de oito anos no poder.

Durante um comício em Minden, em Nevada, no sábado (12), Trump afirmou que vai vencer o pleito daqui a dois meses e que também terá a maioria de votos naquele Estado, onde perdeu por pouco em 2016.

“Depois disso, vamos negociar”, afirmou, completando que “provavelmente tenho direito a mais quatro [anos] depois disso”, graças “ao modo como fomos tratados”.

As afirmações repetiram comentários de Trump em agosto, em um comício em Wisconsin durante o qual afirmou que ia vencer a reeleição e “[depois] concorrer a mais quatro anos”, porque “eles espionaram minha campanha”, em provável referência à teoria conspiratória – jamais comprovada – segundo a qual o partido Democrata teria acessado dados de sua campanha, conhecida entre ultraconservadores como “Obamagate”.

Os comentários de Trump vão de encontro à forte noção republicana nos EUA segundo a qual nenhuma pessoa pode comandar o país durante mais do que oito anos.

Essa regra foi iniciada por George Washington e respeitada, na forma de uma tradição, por todos os presidentes que o sucederam até 1933, quando assumiu o poder Franklin D. Roosevelt, que, no contexto da Segunda Guerra Mundial, foi reeleito para um terceiro mandato e, depois, para um quarto (ele morreu em 1945, dois meses após assumir esse último termo).

Temerosos com a ideia de perpetuação de uma pessoa no poder, os parlamentares do país aprovaram, em 1947, a famosa Emenda 22 à Constituição, que passou a valer em 1951 e, desde então, proíbe alguém que já tenha sido eleito duas vezes de concorrer de novo.

Não é brincadeirinha, diz ex-aliado

Segundo a revista americana “Forbes”, Michael Cohen, ex-advogado pessoal de Trump que se tornou um crítico do Republicano após ser preso e processado em uma das muitas investigações sobre o patrimônio do presidente, afirmou nesta segunda-feira que as afirmações do Republicano não deveriam ser contemporizadas como se fossem piadas.

Segundo ele, Trump de fato acredita que deveria ser o “guia” ou o “ditador” dos EUA, e tem planos concretos para tentar alterar a Constituição do país, sob inspiração de figuras como o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Cohen previu ainda que, caso Trump vença a reeleição, “ele vai desde o primeiro dia começar a pensar em como mudar a Constituição para permitir um terceiro mandato, e, depois, um quarto”.

Ainda segundo a “Forbes”, nem a campanha de Trump nem a Casa Branca responderam a pedidos da revista por esclarecimentos.

Fonte: Valor Investe

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