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Twitter sonha grande e revela planos para dobrar faturamento e número de usuários

O Twitter detalhou alguns dos planos de crescimento da rede social nesta quinta-feira, 25, durante evento para investidores e analistas financeiros.

É o primeiro evento do tipo que a empresa faz em anos e traz metas ambiciosas: a rede social planeja dobrar o faturamento, dos atuais 3,7 bilhões de dólares, para 7,5 bilhões ou mais em 2023.

Dobrar é uma palavra que aparece para outras métricas, inclusive. A empresa quer acelerar o desenvolvimento de funcionalidades, dobrando o número de funções entregues pelos funcionários, especialmente daqueles que possam trazer maior receita e novos usuários.

A base de usuário também deve crescer. A empresa quer terminar o quarto trimestre de 2023 com 315 milhões de usuários diários rentáveis — eram 152 milhões no final de 2019 e a meta implica em um crescimento médio anual de 20%. De 2019 para 2020, o número de usuários cresceu 27%, encerrando o ano passado em 192 milhões.

As ações do Twitter na Nasdaq subiam 6,3% durante o anúncio das metas da empresa.

A empresa vem apresentando crescimento no número de usuários nos últimos anos, mas está bem atrás de concorrentes como o Facebook ou Instagram, que já estão na casa dos bilhões de usuários.

O plano de crescimento vem a calhar para a direção da empresa, que tem apresentados métricas positivas nos últimos balanços financeiros, mas que está em um nicho, com dificuldade de crescer o número de usuários.

Super Follow e auto-block

Durante o anúncio, a rede social também apresentou novas funções. Uma delas é o “Super Follow”, uma maneira de alavancar assinaturas e conteúdo pago dentro da plataforma e que já está sendo desenvolvido há algum tempo.

O Super Follow irá custar 4.99 dólares mensais e garantirá acesso a conteúdo exclusivo, descontos e discussões de comunidade feita por criadores de conteúdo, artistas e escritores.

O plano é parecido com o funcionamento de outros sites que têm explodido em audiência — e faturamento — nos últimos meses, como Patreon e Only Fans. Até mesmo o YouTube tem um programa de membros para que canais possam cultivar seguidores fiéis e ganhar com isso.

É esperado que grandes personalidades e influenciadores tomem proveito das funcionalidades para rentabilizar suas audiências na plataforma — o que deve ter um impacto no faturamento do próprio Twitter, além de atualizar a rede social, deixando-a mais próxima de um modelo contemporâneo de interação online.

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O Twitter já havia adquirido a Revue, uma startup de newsletters e boletins informativos no mês passado, como parte da tendência das empresas de tecnologia de prover ferramentas para criadores de conteúdo.

Outra função nova é a possibilidade de bloquear contas automaticamente e deixar “mudos” outros usuários abusivos. Essas funcionalidades serão parte de um novo painel de segurança que ainda será lançado.

Ter acesso a escolhas melhores de segurança é um desejo antigo dos usuários, especialmente aqueles que já acumulam alguns milhares de seguidores e têm dificuldade de manejar suas audiências e interações.

Disputa por poder

O evento para analistas desta quinta acontece cerca de um ano depois de o Twitter ter sido tomado por uma briga interna.

Em março de 2020, o fundo Eliott Management, liderador pelo bilionário investidor Paul Singer, adquiriu uma fatia de 4% na empresa, com poder suficiente para apontar membros para o conselho e ter voz dentro da estrutura da rede social.

À frente do Elliott, Singer é famoso por protagonizar casos de investimento “ativista”, levando empresas à substituir executivos, mediante pressões para elevar o preço de ações. Ele já foi descrito pela revista New Yorker como o “investidor mais temido do mundo” e esteve à frente de cenas dramáticas do mercado financeiro internacional, como quando o Elliott foi à Justiça para tentar reaver o dinheiro de títulos de dívida da Argentina.

O movimento foi celebrado por acionistas, que acreditavam que o havia espaço para melhora no Twitter. Dorsey, que era visto como um CEO pouco convencional — faz yoga, é despojado e comanda outra empresa, a Square — conseguiu manejar sua posição.

À época, junto do fundo Silver Lake, o Elliott conseguiu injetar 1 bilhão de dólares no Twitter, em um programa de recompra das ações e colocou três novos nomes no conselho, incluindo Jesse Cohn, um dos diretores do Elliott Management.

Fonte: Exame

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