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Uma fintech para o importador: Vixtra levanta R$ 35 milhões

A Vixtra, uma startup com apenas três meses de vida e que ainda testa seu primeiro produto viável, acaba de levantar R$ 35 milhões. Num aporte que chama atenção pelo tamanho — bem acima da média para rodadas seed —, os investidores estão colocando as fichas num público que quer cair no mundo: a startup quer ser a fintech do comércio exterior, atendendo pequenos e médios importadores, no Brasil e em outros países da América Latina.

Entre os investidores, estão nomes pouco usuais do universo de venture capital. Os sócios da Sertrading, uma das maiores tradings de importação do país e por onde já passaram os fundadores da Vixtra, lideraram a rodada.

O fundador e presidente da trading, Alfredo de Goeye, havia antecipado ao Valor, em agosto, os planos de embarcar com R$ 25 milhões na startup, que foi avaliada em US$ 15 milhões. Os investidores Mauro Negrete, ex-diretor de operações da B3 e investidor do Mercado Bitcoin, e Gustavo Jobim (GPS Investimentos) também entraram na rodada.

A ideia do negócio foi gestada ao longo de quase um ano pelos três fundadores da Vixtra, Caio Gelfi, Guilherme Rosenthal e Leonardo Baltieri. Eles se conheceram em 2020 e já tinham a intenção de partir para o empreendedorismo, unindo as experiências em fintechs e comércio exterior. Mas o momento Eureca! só veio em julho, quando conseguiram formatar um negócio escalável.

A Vixtra funciona como um meio de pagamento internacional para facilitar a relação entre quem quer importar e quem fornece os insumos. Por meio do aplicativo web, o cliente tem acesso a crédito para encomendar os produtos e só efetua o pagamento quando ele chega na sua porta, e em reais.

Com o uso intensivo de dados, a fintech consegue produzir um dossiê sobre o fornecedor para embasar a tomada de decisão do comprador. Numa compra internacional, o câmbio também é uma preocupação, mas a startup garante o hedge, além do próprio serviço de câmbio e seguro para a mercadoria, fazendo o serviço financeiro do comércio exterior de ponta a ponta.

Para viabilizar o negócio, a Vixtra cobra uma taxa de intermediação. O valor varia de acordo com cada compra e leva em conta diversos fatores, como tempo de deslocamento, se o fornecedor é de confiança, se o importador tem algum risco de crédito, o tipo de produto importador, quantos itens foram comprados e até mesmo se aquele cliente já fez outras transações na plataforma.

Mas os fundadores garantem que o custo total fica abaixo do mercado tradicional, até mesmo porque normalmente é preciso pagar na moeda local do país e negociar câmbio e o seguro com os grandes bancos.

“Trazemos para o mercado uma taxa mais baixa porque temos segurança em conceder esses serviços. Nos resguardamos com todas as informações que temos e conseguimos ter um preço mais competitivo”, diz Gelfi.

Como é típico dos algoritmos, a tecnologia da Vixtra tende a tornar a ferramenta mais inteligente e assertiva conforme o número de clientes aumenta. “Ao longo do tempo também vamos gerar dados proprietários, como os fornecedores que entregam ou que não entregam, e isso retroalimenta o nosso sistema de crédito”, exemplifica Baltieri.

O produto vai para a rua no final de novembro e os alvos são empresas que importam até US$ 10 milhões no ano. Os sócios esperam escalar o negócio no primeiro semestre do ano que vem, já considerando outros países da América Latina, uma premissa desde o desenvolvimento da tecnologia.

Por isso, mesmo com uma captação relativamente grande para uma iniciante, a Vixtra já planeja um novo round para o próximo ano. “O tamanho do jogo que queremos jogar requer um aporte desse tamanho. É um jogo de credibilidade, colocamos operações reais em empresas reais”, diz Rosenthal. “A nossa operação é capital intensivo e precisamos ter esse conceito em mente”, complementa Gelfi.

Fonte: Pipeline Valor

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